Gosto das tuas palavras, / dos teus pronomes e preposições. / Gosto dos teus versos ocultos / das tuas metades inteiras e / do tempo adverbial que / tu escreves em mim.
#Letras365
Hoje, num arranha-céu de saudades, feito estrelas que passeiam pelo universo, escorreu outono pela minha janela. E de longe, feito um pretérito nostálgico, avistei as flores que eram banhadas pela chuva… Chuvas de outono com aromas de inverno. Chuvas coloridas. Gotas de sentimento! Chove estrelas, e a derme abraça o outono que reinventa cores
Aos poucos adapto-me aos mesmos lugares; aos poucos acostumo com a solitária letra, aquela, que escorre entre os olhos. Aos poucos redescubro-me fora de mim. Pouco a pouco, bem devagar, redescubro-me do lado de dentro, no íntimo daquele mundo, que rabisquei antes de partir. As minhas asas? Quebraram antes que
Nas estranhas e vazias horas do ontem, letras sangraram o papel. Palavras quebradas, uma a uma, feito vidro despedaçado… Versos cortantes, papel rasgado, sentimento ferido, alma exposta! Suzana Martins – 03/2015
Um dia, sob o cinzento céu, hei de partir num veleiro azul. Viajarei sem destino, descobrindo o horizonte e buscando águas de cores desconhecidas. Partirei além mar. Navegarei em oceanos coloridos, ancorando saudades por onde pousar. Levarei dentro de mim pedaços de versos, nostalgias cinzentas e algumas tempestades. Num dia
Pensei em algumas letras, alguns versos, mas as palavras ficaram na inércia do sentimento. Tudo ficou em branco, ou negro, não sei nada das cores para divagar metáforas… Não consegui traçar as minhas sílabas tortas, nem aquele texto com palavras absurdas que rabisquei numa madrugada insone. Até conjecturei parar de