Pescador
jun 22
Há invernos com sintomas de outono adentrando as janelas da alma… O inverno adentrou as janelas que estavam abertas e aninhou-se junto aos aromas que moravam no cais. Alguns perfumes cítricos, outros adocicados e alguns que, aos poucos, iam sendo desvendados. Na janela, fora de sua rotina, alguém a observar o movimento do sol. E nesses detalhes solares a percepção dos últimos raios de outono nas entranhas do solitário Pescador que inventa histórias que lhe eram próprias. Não que ele seja razoavelmente um mero ‘contador de histórias’, mas sim, porque ele que conhece tão bem o mar, que um dia aprendeu a apreciar as estações que se formam no horizonte e assim, divide essas histórias com quem aprecia a música das letras. Nessas histórias há tanto sentimento que até ele reconhece o quão sensível é uma tempestade. “As tempestades é a natureza de coração arrebentado, chorando por não ser compreendida em suas noites de solidão.” – Isso era o que ele sempre dizia. Sua casa, praticamente fora da terra, tem sintomas de melancolia e de todas as viagens próximas a ele. Pescador é assim: um contador de histórias e um apreciador de vidas que se formam junto ao mar de suas ilusões. Solitário, porém nunca sozinho. Têm por perto mares e estrelas, céu e lua. Calmaria e tempestade. Dentro de si há mundos e pessoas que ganham vidas a cada nascer do sol, e ganham contos a cada mudar da estação. Não chove no inverno que acabou de chegar. Há ventos, um frio sol, um mar de ondas serenas e tantas histórias sendo escritas num amanhecer junto ao rio que se encontra com o mar. E nessa natureza de doces encantos que Pescador conta um conto no ressoar de cada estação. *conheça Pescador e suas histórias clicando aqui. Este artigo pertence ao blog “Entre Marés”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código...
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