Na ponta do verso / escrevo teu silêncio. / Poemo. / Rabisco. / Rasuro teu corpo. / Recomponho-me / em teus desejos / secretos de mim.
B.e.d.a
Nasceu poeta, / rendeu-se às letras, / lúdica maestria. / Viveu poeta / nasceu poesia.
É na gentileza dos teus versos / que sinto o frescor da palavra / anunciado em teu farol / quando a onda tocou a praia. / No amanhecer dos versos líricos, / na sutiliza das minhas sentenças, / fico à espera do teu poema mar.
Na ilusão de um grito velado, / mergulho em tua pele, / sentindo que o sem ti / é apenas um eco que pulsa / entre os ventos inquietos da colina.
Esperei o findar do dia / aliviar a página cansada / para gravar na derme / versos de uma ode infame
que sangra a alma. / Fiquei à espera do verbo / que atravessa o meu ser /
encaixar-se na fenda solitária da letra.
Perdida, encontrou poesia / sussurrou o verso / no arrepio da palavra. / Perdeu-se nas entrelinhas / e fez morada no caminho / imaginário de suas fábulas.