{"id":240,"date":"2010-04-11T23:14:00","date_gmt":"2010-04-12T02:14:00","guid":{"rendered":"http:\/\/minhasmares.com.br\/?p=240"},"modified":"2011-11-01T11:22:45","modified_gmt":"2011-11-01T13:22:45","slug":"estranho-tempo-parte-i","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/minhasmares.com.br\/estranho-tempo-parte-i\/","title":{"rendered":"Estranho tempo (Parte I)"},"content":{"rendered":"
<\/a> Vict\u00f3ria olhou para o rel\u00f3gio e contou o passado em seus pensamentos. As express\u00f5es faciais indicavam a sua descren\u00e7a de como tempo pode passar t\u00e3o depressa. Era como se os ponteiros que marcavam as tais horas escorressem entre os seus dedos.<\/p>\n Em seus olhos percebia que os minutos que transformam as pessoas, \u00e9 o mesmo que nos apresentam as lembran\u00e7as nost\u00e1lgicas.<\/p>\n Ela estava perdida no meio do tempo. N\u00e3o assim como quem se perde no meio de uma tempestade, sem b\u00fassola. Mas perdida. Sem respostas, pela metade.<\/p>\n Vict\u00f3ria perdeu-se procurando come\u00e7o, meio e fim de coisas que n\u00e3o se encontram em contagens desnecess\u00e1rias\u2026 Quanto mais procurava, quanto mais questionava, perdia-se!<\/p>\n Ela n\u00e3o gostava de b\u00fassolas, rel\u00f3gios\u2026 Leste, Oeste, Norte, Sul. Todas essas orienta\u00e7\u00f5es eram brincadeiras de ver\u00e3o. Anedotas de outono que se desprendiam com o vento e encontrava-se em primaveras floridas\u2026<\/p>\n Vict\u00f3ria. Inconstante. Meio perdida. Sem tempo. Com tempo. As respostas que obtinha no fim sempre a levava para um come\u00e7o cheio de possibilidades e confus\u00f5es. Eram b\u00fassola e rel\u00f3gio tentando encontrar-se nas indaga\u00e7\u00f5es de quem n\u00e3o entende o tempo.<\/p>\n
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