{"id":3025,"date":"2012-06-16T09:32:23","date_gmt":"2012-06-16T12:32:23","guid":{"rendered":"http:\/\/minhasmares.com.br\/?p=3025"},"modified":"2023-03-06T10:06:27","modified_gmt":"2023-03-06T13:06:27","slug":"passaros","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/minhasmares.com.br\/passaros\/","title":{"rendered":"P\u00e1ssaros"},"content":{"rendered":"\n
Cantos. P\u00e1ssaros. Asas. Vozes.
Melodias simb\u00f3licas em meio ao temporal.<\/p>\n\n\n\n
Dentro de um alvoro\u00e7o mundano,
pude ouvir o canto dos p\u00e1ssaros
incendiando a minha tarde vazia.
Um tipo de chamamento obl\u00edquo
para as letras que nasciam dentro da esta\u00e7\u00e3o.
Silenciei as minhas vozes,
e procurei perto, longe
cada toque daquela sutil melodia
que entardecia entre galhos e folhas.
Parecia at\u00e9 uma madrugada
que corre em horas soltas
com ru\u00eddos m\u00e1gicos de tempo sem limites…<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o era madrugada, era uma tarde vazia,
cinzenta, sem rio ou mar por perto.
Procurei mais uma vez aquele canto
e um s\u00fabito cansa\u00e7o trouxe at\u00e9 mim
o som de um lugar onde nunca estive…<\/p>\n\n\n\n
Eu n\u00e3o pude entender tais ru\u00eddos,
nem compreendi os caminhos
que circulavam dentro de mim.
Mas, naqueles rastros,
escorria uma alma deserta,
que dentro do o\u00e1sis cantava a vida
como uma ave liberta.<\/p>\n\n\n\n
Suzana Martins \u2013 junho\/2012<\/strong><\/p>\n\n\n\n