N\u00e3o \u00e9 como sentar, todos os dias, no mesmo caf\u00e9 e esperar por um expresso. N\u00e3o \u00e9 como olhar o rel\u00f3gio e sair correndo para o trabalho e, nem \u00e9 como sentar na pra\u00e7a e esperar por palavras, ou como ler um livro. \u00c9 uma sensa\u00e7\u00e3o diferente. O cora\u00e7\u00e3o bate apressado, as m\u00e3os ficam suadas e a respira\u00e7\u00e3o treme descompassada. Os dias pr\u00e9-lan\u00e7amento \u00e9 uma mistura de tudo, e h\u00e1 um certo medo e n\u00e3o sei o que. N\u00e3o sei explicar essas sensa\u00e7\u00f5es de espera, o que eu sei e entendo \u00e9 que fico com milhares de borboletas no est\u00f4mago.<\/p>\n

Trago perto de mim uma ansiedade que n\u00e3o sei explicar, e n\u00e3o \u00e9 o mesmo pulsar de quando ficava na praia esperando o sol se p\u00f4r. Moram em mim tantas borboletas que n\u00e3o sabe se chora ou se rir. Habita em mim dialetos monossil\u00e1bicos que parecem nervosismos de estreia. N\u00e3o sei explicar, ent\u00e3o silencio toda e qualquer palavra, pois hoje eu n\u00e3o tenho dom\u00ednio sobre elas…<\/p>\n

Enfim, os dias de espera trazem diferentes impress\u00f5es…<\/p>\n

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Imagem: weheartit<\/p><\/div>\n

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Trancoso, 06 de outubro<\/span>
\n 10h15min<\/span><\/p>\n

Retrospectivas. Voltar ao mesmo lugar. Retornar ao mesmo universo circunscrito em mim num conjunto de palavras introduzidas em pap\u00e9is sem forma. Houve mudan\u00e7as em frases eletronicamente grifadas no amarelado das retic\u00eancias. H\u00e1 uma pr\u00e9via que transcreve as teorias que perturbam a nossa exist\u00eancia. Pode parecer completo e desnecess\u00e1rio esse rastejar de verbos que sufoca a leveza de um poema em \u00f3bito, mas a voz fala escorregando pelos dedos. Retornar. Regressar. Sentir-se perturbado pela exist\u00eancia de passados vulc\u00e2nicos, e assim, reproduzir sons num teclado mudo de letras embaralhadas e confusas. Voltar ao mesmo lugar. Naufragar nas pr\u00f3prias confus\u00f5es verbais e existir apenas em letras!<\/span><\/p>\n

Suzana Martins – \u00daltima p\u00e1gina<\/span><\/p>\n<\/blockquote>\n

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Imagem: divulga\u00e7\u00e3o<\/p><\/div>\n

N\u00e3o esque\u00e7am, dia 25 de Agosto<\/strong>, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima \u00e9 o lan\u00e7amento Di\u00e1rio das Quatro Esta\u00e7\u00f5es, estarei com o livro \u00daltima P\u00e1gina<\/strong>.<\/p>\n

Quer saber por que \u00daltima P\u00e1gina<\/strong>? – Ent\u00e3o, clique aqui<\/a>!!<\/p>\n

P.s.:<\/strong> Esse post faz parte da s\u00e9rie de mat\u00e9rias pr\u00e9 lan\u00e7amento do livro <\/em>‘\u00faltima p\u00e1gina’<\/strong>.<\/em>
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Leia os post’s anteriores:<\/em><\/p>\n

‘\u00daltima P\u00e1gina’<\/a><\/p>\n

#1 – meu di\u00e1rio<\/a><\/p>\n

#2 – eu escrevo em di\u00e1rios<\/a><\/p>\n

#3 – as quatro esta\u00e7\u00f5es<\/a><\/p>\n

#4 – o que escrevi no di\u00e1rio<\/a><\/p><\/blockquote>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

N\u00e3o \u00e9 como sentar, todos os dias, no mesmo caf\u00e9 e esperar por um expresso. N\u00e3o \u00e9 como olhar o rel\u00f3gio e sair correndo para o trabalho e, nem \u00e9 como sentar na pra\u00e7a e esperar por palavras, ou como ler um livro. \u00c9 uma sensa\u00e7\u00e3o diferente. O cora\u00e7\u00e3o bate apressado, as m\u00e3os ficam suadas<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":3104,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_mi_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"footnotes":""},"categories":[253,1],"tags":[227,5,140,67,77,181,286,178,17,15,86,223,83,8,35,36,37,228,295],"yoast_head":"\n