{"id":3109,"date":"2012-08-22T07:10:47","date_gmt":"2012-08-22T10:10:47","guid":{"rendered":"http:\/\/minhasmares.com.br\/?p=3109"},"modified":"2012-08-21T22:52:49","modified_gmt":"2012-08-22T01:52:49","slug":"6-o-cenario","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/minhasmares.com.br\/6-o-cenario\/","title":{"rendered":"#6 – O cen\u00e1rio"},"content":{"rendered":"
Algumas folhas jogadas no ch\u00e3o, alguns ventos entrando pela janela e tantos outros versos perversos soltos no ar. Uma m\u00fasica, um viol\u00e3o, letras rasgadas e um mar como testemunha. Uma lua, quatro esta\u00e7\u00f5es e vielas perdidas no meio do caminho que leva a tantos e, em suas diversas vezes, n\u00e3o leva a lugar algum. H\u00e1 prosas e versos, cartas escritas numa madrugada de saudades e outras palavras despejadas numa montanha russa de pr\u00e9dios e pra\u00e7as. N\u00e3o \u00e9 um cen\u00e1rio composto por grandes atores, e tamb\u00e9m n\u00e3o tem nada haver com as pe\u00e7as teatrais comuns. \u00c9 simplesmente um lugar de palavras escritas ao vento, ou jogadas ao mar… Em minhas letras h\u00e1 versos de bal\u00e9 e tantas outras caminhadas escritas com meu all star.<\/p>\n
Hoje perdi as estribeiras com as palavras; rasguei todos os poemas que estavam dentro de um ba\u00fa de saudade. Quebrei a corda f\u00e1 do meu viol\u00e3o e deixei algumas m\u00fasicas faltando solos. Eu n\u00e3o quero mais as palavras que deixei jogadas no mar, o que eu quero \u00e9 muito simples, desejo uma coer\u00eancia dentro das minhas filosofias de bolso quando numa qualquer ouvir Elis cantar. Acendo um caf\u00e9, bebo um cigarro inteiro e deixo todos os personagens parados naquela can\u00e7\u00e3o que n\u00e3o consegui terminar. Dizem que \u00e9 sintoma de saudade, eu digo que \u00e9 apenas a palavra que n\u00e3o foi dita no sil\u00eancio. Mas, pra que sil\u00eancio, se eu n\u00e3o quero os ecos que um dia me atraiu?! Inc\u00f3gnitas! Essas s\u00e3o as palavras deixadas na metade do caminho, quem sabe um dia eu volto a us\u00e1-las… quem sabe?! (…) fuma\u00e7as… palavras… can\u00e7\u00f5es rasgadas pelo vento…<\/p>\n
\u00c0s vezes eu misturo poesia entre um e outro devaneio musical. D\u00e1 nisso, palavras soltas que eu n\u00e3o consigo agarrar…<\/p>\n