Corumbau-Bahia \/ Suzana Martins<\/p><\/div>\n

A minha segunda pele, esse mar baiano, reflete uma saudade encantada de outras mar\u00e9s. H\u00e1 tantas hist\u00f3rias presas nas entrelinhas que s\u00f3 as ondas podem cantar; e com isso, guardo em mim outras nostalgias que seguem a beira mar… Minha morenice salgada \u00e9 uma mar\u00e9 cheia que de t\u00e3o sentimental escorre letras escritas na areia. E, esse tal sentimento, vai contando hist\u00f3rias que parecem poesias perfumadas.<\/p>\n

Eu sou uma fantasia qualquer e empresto a minha voz para essas gotas que escorrem dos olhos quando v\u00ea a lua. Arrasto o veleiro e reinvento um mar que est\u00e1 longe de mim. Mas, como sou fantasia, eu escrevo gotas de papel numa areia de sonhos fazendo promessas para a lua que vive cheia de saudades.<\/p>\n

Preciso apenas de uma can\u00e7\u00e3o e p\u00e1ginas em branco para cantarolar em mares po\u00e9ticos, e assim, todos os meus versos s\u00e3o contos de areia que enfeitam o papel. Nada faz sentido dentro dos versos. As palavras s\u00e3o meras fantasias que encontradas no sal e, eu sou apenas uma gota de oceano reinventando mar\u00e9s bordadas de prata.<\/p>\n

Sou filha do mar, sou mar\u00e9 mansa cheia de saudades da areia.<\/p>\n