{"id":3510,"date":"2014-02-02T13:54:04","date_gmt":"2014-02-02T15:54:04","guid":{"rendered":"http:\/\/minhasmares.com.br\/?p=3510"},"modified":"2022-05-12T15:00:45","modified_gmt":"2022-05-12T18:00:45","slug":"ela-a-roubadora-de-livros","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/minhasmares.com.br\/ela-a-roubadora-de-livros\/","title":{"rendered":"Ela, a Roubadora de livros"},"content":{"rendered":"

\u201cQuando a Morte conta uma hist\u00f3ria, voc\u00ea deve parar para ler\u201d.<\/em><\/span><\/p>\n

Contra capa: Markus Zusak.<\/em><\/span><\/p>\n

Livro: A menina que roubava livros.<\/em><\/span><\/p>\n

\n
\"\"<\/a>Ficha T\u00e9cnica:<\/strong><\/div>\n
A Menina que Roubava Livros (The Book Thief).<\/div>\n
Dire\u00e7\u00e3o:<\/strong> Brian Percival.<\/div>\n
Roteiro:<\/strong> Michael Petroni.<\/div>\n
Dura\u00e7\u00e3o:<\/strong> 131 min.<\/div>\n
Pa\u00eds:<\/strong> EUA, Alemanha.<\/div>\n
Ano:<\/strong> 2013.<\/div>\n
Trilha sonora:\u00a0<\/strong>John Williams<\/div>\n
Elenco:<\/strong> Sophie N\u00e9lise, Geoffrey Rush, Emily Watson, Roger Allam, Kirsten Block, Nico Liersch, Ben Schnetzer.<\/div>\n<\/blockquote>\n

Eu n\u00e3o sou f\u00e3 das adapta\u00e7\u00f5es cinematogr\u00e1ficas, mas, quando assisto tento esquecer que aquele roteiro foi um dia o livro que eu li. Acho que n\u00e3o h\u00e1 perfei\u00e7\u00e3o na hist\u00f3ria, muitos detalhes \u2013 que para mim s\u00e3o importantes \u2013 deixam de ser contados. Mas, com\u00a0A menina que Roubava Livros<\/strong> foi diferente. Quando fiquei sabendo do lan\u00e7amento dessa obra cinematogr\u00e1fica, comecei a contar os dias para a estr\u00e9ia. Na realidade, eu estava ansiosa para saber como havia ficado a adapta\u00e7\u00e3o e, ontem, fiquei feliz por ter sa\u00eddo do cinema sem apontar nenhum defeito ao filme, coisa rara de se acontecer.<\/p>\n

Quem me conhece sabe que sou apaixonada pela hist\u00f3ria da Liesel Meninger<\/strong>, aprendi muito com essa Roubadora de livros cheia de coragem que conseguiu sobreviver em uma \u00e9poca onde a guerra e a dor saltavam aos olhos. A cada p\u00e1gina que eu lia meu cora\u00e7\u00e3o pulsava met\u00e1foras po\u00e9ticas. Criava cenas em minha mente e brincava de imaginar o rosto desses personagens que deram vida a uma das mais belas hist\u00f3rias que j\u00e1 conheci.<\/p>\n

\"\"<\/a>

Imagem: google<\/p><\/div>\n

E, enquanto assistia ao filme, as minhas rea\u00e7\u00f5es n\u00e3o foram diferentes. Eu derramei litros de l\u00e1grimas desde a primeira cena. Praticamente im\u00f3vel e quase sem respirar, eu estava totalmente imersa na hist\u00f3ria, envolvida pela fotografia divina, apaixonada pela trilha sonora e extremamente emocionada pela interpreta\u00e7\u00e3o dos atores, que de forma magistral, deram vida aos meus personagens favoritos. Em cada lance gravado percebi que o roteiro do Michael Petroni<\/em> seguiu fielmente as p\u00e1ginas contadas pela Morte.<\/p>\n

O filme, com a sua fidelidade em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 obra liter\u00e1ria, come\u00e7a com a Morte<\/strong> contando a hist\u00f3ria e os seus recorrentes encontros involunt\u00e1rios com Liesel. Tanto que o primeiro livro que a menina roubou \u2013 O Manual do Coveiro<\/em><\/strong> \u2013 seria um \u2018presente\u2019<\/em> da Morte durante o enterro do irm\u00e3o mais novo da protagonista. Enterro que aconteceu no meio do caminho enquanto eles estavam sendo levados para a cada do casal Hans<\/strong> e Rosa Hubermann<\/strong>, que seriam os pais adotivos da Roubadora de livros.<\/p>\n

A trama do filme se foca nas desventuras de Liesel com seus pais adotivos, o vizinho e melhor amigo, Rudy<\/strong>, e um judeu acolhido no por\u00e3o, Max<\/strong>. Entre cenas aleat\u00f3rias com sua nova fam\u00edlia e os dois amigos, Liesel encontra pelo caminho a esposa do prefeito, uma triste senhora que perdeu o filho na guerra. Na casa dessa senhora havia uma imensa biblioteca que havia sido constru\u00eddo para o filho morto. Aquela triste senhora, encantada com a coragem de Liesel, convidou-a para entrar e frequentar aquele lugar sempre que ela quisesse.<\/p>\n

E, quando o prefeito descobriu a frequ\u00eancia de Liesel na biblioteca, expulsou a menina da sua casa e a proibiu de visitar a biblioteca. E assim, ela voltou a roubar livros, mas sempre os devolviam. Quando o Rudy descobriu e a chamou de \u2018ladra de livros\u2019,<\/strong><\/em> ela disse: \u2018s\u00f3 peguei emprestado, eles n\u00e3o sabem, mas irei devolv\u00ea-los\u2019<\/em>.<\/p>\n

A menina que roubava livros fala de amor, perda, luta pela sobreviv\u00eancia, amizade, fam\u00edlia, esperan\u00e7a e morte. Sei que talvez a hist\u00f3ria da Roubadora de livros n\u00e3o seja apreciado pelo grande p\u00fablico, pois, al\u00e9m de falar de uma tem\u00e1tica muito espec\u00edfica (segunda guerra mundial), possui um ritmo mais lento e po\u00e9tico.<\/p>\n

\"\"<\/a>

Imagem: google<\/p><\/div>\n

Essa pel\u00edcula \u00e9 para ser sentida e apreciada com o cora\u00e7\u00e3o, e n\u00e3o apenas com os olhos. \u00c9 imposs\u00edvel n\u00e3o se emocionar com as cenas em que Liesel l\u00ea suas primeiras palavras, termina a leitura do seu primeiro livro roubado \u2013 Manual do Coveiro<\/em> \u2013 e entra numa biblioteca pela primeira vez. Ela fica at\u00f4nita, rodeada por tantas hist\u00f3rias que fizeram seus olhinhos brilharem de empolga\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

\u00c9 emocionante. Arrepia a derme. Vale a pena ler, assistir e conhecer A menina que roubava livros.<\/p>\n