{"id":437,"date":"2011-02-07T02:00:00","date_gmt":"2011-02-07T04:00:00","guid":{"rendered":"http:\/\/minhasmares.com.br\/?p=437"},"modified":"2011-11-04T08:03:23","modified_gmt":"2011-11-04T10:03:23","slug":"epifanias-cap-23","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/minhasmares.com.br\/epifanias-cap-23\/","title":{"rendered":"Epifanias \u2013 cap. 23"},"content":{"rendered":"

Por Lunna Guedes<\/a><\/strong><\/p>\n

\"epifanias\"<\/a><\/p>\n

\"image\"<\/a> “Chove em S\u00e3o Paulo. Setembro chegou trazendo \u00e1guas, desenhando saudades e passos por todos os lados. O tempo, depois do desassossego de agosto voltou a se movimentar. Fato. Ele parecia ter feito uma pausa. O som dos trolebus ainda me causam sorrisos. O gato (imagin\u00e1rio) inventa sons junto a janela que segue fechada porque a artista est\u00e1 criando: imune ao tempo, espa\u00e7o, aos sons e aos movimentos. Gosto de quando tudo fica assim: l\u00e1 fora a chuva, e mais nada. Mais nada. Anne entra e sa\u00ed dos c\u00f4modos, e sempre \u00e9 como se fizesse isso pela primeira vez. Fica parada, me espiando e acha que n\u00e3o sei de sua presen\u00e7a. Ela sorri satisfeita e pressente em suas a\u00e7\u00f5es que nunca haver\u00e1 tempo o bastante para n\u00f3s duas. Est\u00e1 tudo t\u00e3o calmo, mas eu sinto falto de abra\u00e7os que me chegam em palavras cheias de entusiasmos que s\u00e3o deixadas junto aos meus ouvidos ou aos meus olhos. Mas h\u00e1 sempre aus\u00eancia que n\u00e3o se desfaz. A menina e suas tempestades ensaia um retorno, mas depois de tantos dias, j\u00e1 come\u00e7o a duvidar de sua volta. Eu sei que ela volta, mas quando? Rayssa precisa de vento, montanhas, nuvens, livros e p\u00e1ginas em branco. Rayssa precisa subir escadas, descer ladeiras, atravessar ruas e no momento eu preciso ser como o gato (imagin\u00e1rio) que inventa movimentos e sons e finge estar aqui dentro. Eu? Eu tamb\u00e9m finjo… Finjo estar l\u00e1 fora”…<\/p>\n

Naqueles meses inteiros, cheios de dias e semanas, Alexandra voltou ao velho caderno de capa preta. Ela tinha novamente os seus segredos. Depois de descobrir que Anne se ressentia de seus escritos sempre que tinha uma s\u00f3 dire\u00e7\u00e3o \u201ca menina de tempestades\u201d. Nome inventado depois de ler uma cr\u00f4nica escrita por Rayssa acerca dos sabores da tempestade.<\/p>\n

\"image\"<\/a> A viagem de Rayssa havia permitido uma tr\u00e9gua entre Alexandra e Anne que vivia seus melhores dias e fazia de conta que n\u00e3o ouvia as palavras carinhosas junto ao telefone que sua amada dedicava a amiga. Tamb\u00e9m ignorava os sorrisos diante da tela do computador pelo qual passou a nutrir uma esp\u00e9cie de \u00f3dio silencioso. Desejava que ele queimasse e como sabia que era um item precioso para o trabalho realizado por Alexandra, acabou comprando um mais novo, moderno, cheio de facilidades. Tudo para que o presente dado por Rayssa n\u00e3o ocupasse mais espa\u00e7o diante de seu olhar.<\/p>\n

Anne se multiplicava em presentes. Sempre que sentia n\u00e1useas excessivas por causa de Rayssa, comprava algo novo: na maioria das vezes eram vestidos delicados, leves, coloridos, de cores \u00fanicas, tamanhos variados. As vezes comprava sand\u00e1lias para que assim pudesse ver os p\u00e9s da amada, os quais ela adorava acariciar com creme de amendoas, escolhido por ela para os momentos de leitura. Ouvir a voz de Alexandra na \u00faltima hora do dia era sua poesia. Os versos ficavam mais intensos e as linhas do romances mais interessantes.<\/p>\n

Sem perceber, Alexandra se deixava moldar ao sabor de Anne que sempre tinha desculpas para faz\u00ea-la ficar. Dias inteiros. Semanas tamb\u00e9m. Um quarto foi pintado com a cor do vinho que ela tanto gostava. M\u00f3veis comprados. Livros encomendados. Cadeiras confort\u00e1veis. Prateleiras. Estantes. Tudo feito para expulsar de uma vez a presen\u00e7a de Rayssa daquela vida que agora devia exclusividade a uma s\u00f3 pessoa.<\/p>\n

E todo dia uma pequena flor era deixada sobre a mesa com um cart\u00e3ozinho que dizia “raz\u00e3o da minha vida, eu amo voc\u00ea”. Na primeira vez foi s\u00f3 alegria. Um suspiro intimo e profundo. Na segunda vez um sorriso gostoso, manso, de menina. Mas nas outras vezes, era apenas um olhar e a certeza de saber o que dizia aquele peda\u00e7o de papel sem gra\u00e7a. Afinal, j\u00e1 se sabia, amanh\u00e3 voltariam: a flor pequenina e seu cart\u00e3o com palavras repetidas. N\u00e3o era preciso esperar. N\u00e3o era poss\u00edvel esquecer.<\/p>\n

Anne vivia seu melhor momento. A inspira\u00e7\u00e3o tinha nome e brotava de sua pele com extrema facilidade. Horas inteiras de trabalho se acumulavam ao longo dos dias. Uma semana inteira foi precisa para ele confeccionar sua nova exposi\u00e7\u00e3o “oito e meia”. Sucesso de cr\u00edtica, mas que nada dizia para Alexandra que respirou fundo quando precisou escrever sobre aqueles enganos que saltavam das telas para cima dela.<\/p>\n

_ N\u00e3o entendi nada Rayssa. Aquelas telas parecem t\u00e3o vazias. Caricatas. E se eu escrever isso, vamos ter novas tempestades por aqui. Acho que eu estou cansada. Quando \u00e9 mesmo que volta? – indagou ela ao telefone num dos raros momentos de sil\u00eancio e solid\u00e3o que ela conseguia. Do outro lado, a lucidez de algu\u00e9m que enxerga multid\u00f5es inteiras e sente sozinha na maior parte do tempo porque n\u00e3o faz parte da marcha. Faz parte apenas das ilus\u00f5es que saltam das mentes que descobre. As vezes era preciso apenas um olhar no momento certo para que o silencio se transformasse em barulho. As teclas se multiplicavam naquele quarto de hotel, t\u00e3o indiferente a ela quanto ela a ele.<\/p>\n

O que Anne n\u00e3o percebia era que suas atitudes n\u00e3o prendiam Alexandra a sua derme. Muito pelo contr\u00e1rio. Afugentava a menina que n\u00e3o lhe contava sonhos, desejos e ilus\u00f5es. A menina criava gatos imagin\u00e1rios em meio a conversas longas com Rayssa que lhe perguntava gentilmente “e o gato, est\u00e1 fazendo muito barulho na janela?” e o sil\u00eancio era preenchido com sorrisos espa\u00e7ados que faziam eco pelo ar. Ningu\u00e9m entenderia de certo, mas n\u00e3o era preciso que mais algu\u00e9m compreendesse.<\/p>\n

Chovia demasiadamente naquele fim de tarde de setembro e atravessar a cidade em meio aquele temporal n\u00e3o seria tarefa f\u00e1cil. O mais pr\u00e1tico era se recolher ao apartamento que de seu s\u00f3 tinha a lembran\u00e7a. Alexandra s\u00f3 se deu conta de que praticamente havia se mudado para o apartamento de Anne ao adentrar em casa e ver tantas sombras familiares. Toda aquela calma fez surgir a vontade de ir para a cozinha preparar um ch\u00e1 de ervas. Ouvir o barulho aconchegante do apito da chaleira se espalhando pela casa. A x\u00edcara na segunda porta do arm\u00e1rio. O ch\u00e1 na gaveta de baixo, dentro de uma graciosa lata e o sil\u00eancio gritando “faz um pra mim de morango”. O sorriso inevit\u00e1vel floresceu e j\u00e1 de x\u00edcara em m\u00e3os, ela caminhou por aqueles c\u00f4modos cheios da presen\u00e7a de Rayssa que dizia sempre “quando voc\u00ea menos esperar eu estarei de volta”. Mas o tempo passava e a aus\u00eancia permanecia…<\/p>\n

\"image\"<\/a>Seus passos a levaram de encontro ao seu antigo quarto, com seus cheiros, contornos e uma pequena surpresa sobre a cama que fez seus l\u00e1bios se precipitarem num sorriso amplo e irrestrito. Seus movimentos eram r\u00e1pidos, iguais a de uma crian\u00e7a que acaba de ser agraciada por um presente inesperado. A caixa revelava centenas de folhas sobre o t\u00edtulo “tra\u00eddos pelo desejo” e ali junto a soleira da porta, uma jovem de tempestades se mantinha em sil\u00eancio, enquanto espiava tudo atentamente.<\/p>\n

Alexandra teria devorado todas aquelas p\u00e1ginas se n\u00e3o tivesse sentindo que a aus\u00eancia que nutria ao longo de todos aqueles dias tinha simplesmente desaparecido. O olhar das duas desenhou sorrisos naquele breve espa\u00e7o de existir. O reencontro gerou abra\u00e7os apertados e uma cobran\u00e7a.<\/p>\n

_ Quem disse que poderia ficar tanto tempo longe? Morri de saudades…
\n_ E o gato? Ainda faz muito barulho na janela?
\n_ N\u00e3o. Eu pus ele pra assistir a novi\u00e7a rebelde. Sabia que ele n\u00e3o achou gra\u00e7a?
\n_ Eu posso imaginar. Nem \u00e9 a epoca certa. E voc\u00ea se esqueceu de servir uma ta\u00e7a de vinho pra ele.
\n_ Gatos n\u00e3o bebem vinho.
\n_ Eu nunca tinha ouvido falar de um gato imagin\u00e1rio que n\u00e3o pudesse beber vinho. Acho melhor inventar ele de novo e por favor, dessa vez, corrija os equivocos…
\n_ Eu senti falta disso. Voc\u00ea nem imagina o quanto… Mas agora v\u00e1 embora. Eu tenho uma novela pra ler. – disse ela em meio a sorrisos largos, espa\u00e7ados, enquanto empurrava Rayssa pra fora do quarto e fechava a porta. O mundo de sua amiga agora lhe pertencia.<\/p>\n

Enquanto isso a chuva castigava as ruas, espantava a escurid\u00e3o com rel\u00e2mpagos e tumultuava o sil\u00eancio com seus trov\u00f5es. Muita gente corria pra casa, em meio a po\u00e7as que anunciavam poss\u00edveis transtornos. O transito mais lento. Os passos mais r\u00e1pidos e as agonias multiplicadas. O olhar de Rayssa pela janela parecia compor pequenos epitetos, enfileirados. Ela estava de volta ao mundo real das coisas, onde ficaria de certo por algum tempo at\u00e9 encontrar um mundo novo que a levasse pra longe daquela realidade com sons de campainhas fren\u00e9ticas que exibiam pressa em seus movimentos. Ela n\u00e3o tinha pressa e caminhou at\u00e9 a porta com a calma que lhe era t\u00e3o peculiar. Era Anne que n\u00e3o escondeu a frusta\u00e7\u00e3o ao encontr\u00e1-la.<\/p>\n

_ Rayssa? Ent\u00e3o est\u00e1 de volta? Entendo\u2026 E pensar que a Alexandra me disse que vinha pra c\u00e1 por causa da chuva.
\n_ Como vai Anne Letrech? \u2013 cumprimentou Rayssa enquanto ignorava tudo que era dito por Anne que foi abandonada junto a porta por aquela \u201cjovem petulante\u201d que s\u00f3 sabia trazer incomodos para a vida daquela artista pl\u00e1stica que quis acreditar durante algum tempo que Rayssa simplesmente iria desaparecer.<\/p>\n

_ Eu soube da sua nova exposi\u00e7\u00e3o. Tamb\u00e9m soube que ficou muito aqu\u00e9m das expectativas. A cr\u00edtica n\u00e3o foi nada gentil com voc\u00ea.<\/p>\n

Anne respirou fundo diante daquele infeliz coment\u00e1rio que parecia ter sido usado como forma de dizer \u201ceu falei com a Alexandra o tempo todo\u201d. Ela por sua vez respirou fundo e tentou superar aquela presen\u00e7a desagrad\u00e1vel.<\/p>\n

_ Mas a Alexandra adorou.
\n_ Mesmo? \u2013 ironizou Rayssa que sabia a verdade por tr\u00e1s daquela ilus\u00e3o.
\n_ N\u00e3o leu o que ela escreveu no blog? Pensei que lesse tudo que ela escreve porque eu leio. Eu conhe\u00e7o cada palavra escrita por ela\u2026
\n_ Imagino que sim. \u2013 um sorriso perverso ganhou forma nos l\u00e1bios de Rayssa que j\u00e1 sabia da volta dos famosos cadernos de capa preta. Ela precisou se conter, afinal, em dado momento ela sentia vontade de torturar aquela figura humana com dizeres, caretas, formas inusitadas de sil\u00eancio. Era muito divertido v\u00ea-la se retorcendo, mas havia Alexandra e por ela era preciso silenciar as travessuras<\/p>\n

_ A Alex est\u00e1 no quarto dela\u2026
\n_ Nossa. Ela n\u00e3o te avisou que aquele n\u00e3o \u00e9 mais o quarto dela?<\/p>\n

O sorriso perverso voltou aos l\u00e1bios de Rayssa que parecia observar Anne como quem aprecia um pote de balas coloridas e pensa em qual ir\u00e1 comer primeiro.<\/p>\n

_ Voc\u00ea gosta de gatos?
\n_ O que?
\n_ Gatos. Bichos com quatro patas, uma boca, dois olhos e que eventualmente inventam movimentos e sons\u2026
\n_ Eu sei muito o que \u00e9 um gato Rayssa.
\n_ Ent\u00e3o responda a minha pergunta: gosta de gatos ou n\u00e3o?<\/p>\n

Anne cruzou os bra\u00e7os diante do corpo exibindo todo o seu descontentamento para com aquele di\u00e1logo sem sentido algum. Respirou fundo feito um boi bravo no pasto, disposto ao ataque. Fechou a cara. Ferveu seus pensamentos. Sentiu seus olhos incendiarem-se. Sua pele parecia estender-se por tudo o que a rodiava naquele momento. Mas se conteve. Pensou em sua amada e nas poss\u00edveis rea\u00e7\u00f5es sempre a favor daquela garota petulante cuja arrog\u00e2ncia transbordava de sua pele. Mas haveria um dia em que ela simplesmente desapareceria. Anne primeiro tremeu, mas depois acalmou-se e foi ao encontro de sua amada naquele quarto que n\u00e3o mais lhe pertencia. Na certa iriam embora. Na certa discutiriam e seriam precisos novos presentes, novas desculpas, novas flores sobre a mesa com cart\u00f5es coloridos dizendo o que sempre dizia para certificar-se que ela n\u00e3o esqueceria.<\/p>\n

>>> continua na quarta-feira, 09\/02\/2011<\/strong><\/em>\u2026<\/p>\n

\n
\n

Este artigo pertence ao blog “Entre Mar\u00e9s”<\/a>.<\/p>\n

Pl\u00e1gio \u00e9 crime e est\u00e1 previsto no artigo 184 do C\u00f3digo Penal.<\/p><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Por Lunna Guedes “Chove em S\u00e3o Paulo. Setembro chegou trazendo \u00e1guas, desenhando saudades e passos por todos os lados. O tempo, depois do desassossego de agosto voltou a se movimentar. Fato. Ele parecia ter feito uma pausa. O som dos trolebus ainda me causam sorrisos. 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