{"id":457,"date":"2011-03-02T19:35:00","date_gmt":"2011-03-02T22:35:00","guid":{"rendered":"http:\/\/minhasmares.com.br\/?p=457"},"modified":"2011-11-04T08:01:06","modified_gmt":"2011-11-04T10:01:06","slug":"epifanias-cap-30","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/minhasmares.com.br\/epifanias-cap-30\/","title":{"rendered":"Epifanias Cap. 30"},"content":{"rendered":"

Por Lunna Guedes<\/a><\/strong><\/p>\n

\"\"<\/a><\/strong><\/p>\n

Fingindo uma descri\u00e7\u00e3o que n\u00e3o convencia, Alexandra tentava disfar\u00e7ar sua ansiedade, mas seu olhar vasculhava cada cent\u00edmetro daquele lugar em busca daquele homem que reinava absoluto em sua mente. Contemplava outros olhos e bocas longamente em sil\u00eancio, numa luta insensata que revelava outros estranhos que nada lhe dizia.
\nEla viu quando Anne adentrou o sal\u00e3o ao lado de sua assistente. Trocaram olhares rapidamente e se perderam uma da outra por vontade de Alexandra que n\u00e3o tinha a menor disposi\u00e7\u00e3o para respostas r\u00edspidas naquela noite em que o aparente sucesso da revista se convertia em badala\u00e7\u00e3o noturna.<\/p>\n

Seu corpo se mantinha pr\u00f3ximo a porta de entrada de forma a se certificar de cada pessoas que passava por ali. Havia\u00a0 em sua pele uma curiosa esperan\u00e7a que parecia se intensificar a cada novo rosto que ela descobria participando daquele lugar.<\/p>\n

_ Eu n\u00e3o me lembro de t\u00ea-la visto assim: t\u00e3o ansiosa, nem mesmo quando descobriu que estava aqui em S\u00e3o Paulo. Ele vem?
\n_ Como eu vou saber? Tudo que eu sei \u00e9 que ele procurou por mim l\u00e1 na lavanderia. Soube disso quando fui pegar a roupa hoje na hora do almo\u00e7o. Acredita que eu tinha me esquecido completamente dessa roupa?
\n_ Ainda bem que a esqueceu. Ou como ficaria sabendo que ele tinha procurado por voc\u00ea.
\n_ Como sempre dona Rayssa, voc\u00ea tem raz\u00e3o. Sabe que eu nem acreditei quando o rapaz me disse que um cliente deles tinha procurado por mim? Fiquei totalmente abobada. Nem sabia o que fazer. Ent\u00e3o tirei o meu cart\u00e3o e entreguei para o rapaz\u2026
\n_ Que deve ter ligado pra ele e muito provavelmente, ele deve ter ido at\u00e9 t\u00e3o logo desligou o telefone\u2026
\n_ Imagina.
\n_ Se n\u00e3o \u00e9 isso, posso saber por que raz\u00e3o voc\u00ea olha tanto para aquela porta?
\n_ Nem eu sei. Acho que eu estou ficando maluca.
\n_ Se prefere pensar assim\u2026<\/p>\n

\"image\"<\/a><\/p>\n

Foi ent\u00e3o que os olhos de Alexandra descobriram aquela sombra perfeita parado junto a jovem que verificava o nome dos convidados. Ela engoliu seco. Agarrou o bra\u00e7o de Rayssa. Sua m\u00e3o gelou instantaneamente. Seus l\u00e1bios mudos e secos ficaram. Seu corpo im\u00f3vel exibia certa surpresa por v\u00ea-lo entrar, afinal, como era poss\u00edvel seu nome estar na lista? Ela havia cuidado desses detalhes. Era poss\u00edvel saber seu nome sem sab\u00ea-lo?<\/p>\n

_ Ai meu deus, ele est\u00e1 vindo na nossa dire\u00e7\u00e3o. O que eu fa\u00e7o? Tem um buraco imenso no meu estomago\u2026 Acho que eu estou tremendo.
\n_ Relaxa.
\n_ N\u00e3o esta falando s\u00e9rio, n\u00e3o \u00e9? Acho que eu estou sentindo cada cent\u00edmetro do meu corpo vibrando de novo. Minhas pernas est\u00e3o bambas\u2026<\/p>\n

Com seu sorriso torto e olhar expressivo, ele se aproximou lentamente. As vezes seu olhar espiava rapidamente a paisagem humana que coloria aquela sal\u00e3o, mas ent\u00e3o se voltava para aquela jovem que n\u00e3o saia de seu pensamento desde aquele inusitado encontro.<\/p>\n

_ Boa noite. \u2013 disse ele com aquela bel\u00edssima voz grave. O perfume continuava o mesmo e conforme a alcan\u00e7ava, era como se seus sentidos fossem sendo lentamente embriagados.
\n_ Rayssa Mendelson! \u00c9 um enorme prazer conhec\u00ea-lo pessoalmente senhor Dave Moretti.
\n_ Sem o senhor por favor.
\n_ Desculpe. Essa \u00e9 minha amiga Alex Mendes.
\n_ Dave Moretti? O dono da livraria da esquina?
\n_ Mundo pequeno, n\u00e3o acha?<\/p>\n

Alex sorriu ao procurar pelo olhar de Rayssa que havia lhe dito algo parecido. Ela por sua vez lembrou-se de Michel e decidiu descobrir seu paradeiro. Desculpa rec\u00e9m inventada para deixar o casal a s\u00f3s. Ele por sua vez, aproveitou-se do segundo de solid\u00e3o para se aproximar, quase colando seu corpo junto ao dela. Queria dizer muita coisa. Num primeiro momento pensou em desculpar-se pela ousadia demonstrada no primeiro encontro, mas n\u00e3o pode faz\u00ea-lo, afinal, n\u00e3o se arrependia de nenhum de seus movimentos e se tivesse oportunidade semelhante, repetiria cada gesto.
\nSeu olhar devorava o dela, sua m\u00e3o que havia alcan\u00e7ado seu bra\u00e7o, sentia sutilmente aquela tez \u00famida e fria.<\/p>\n

_ Se eu pudesse eu a levaria daqui agora mesmo. Pode at\u00e9 n\u00e3o acreditar em mim e deve ter suas raz\u00f5es pra isso. Mas eu nunca antes fui t\u00e3o impetuoso como fui com voc\u00ea. Posso confessar a voc\u00ea que desde o nosso inusitado encontro que n\u00e3o paro de pensar em voc\u00ea Alex Mendes. Lindo nome, faz jus a voc\u00ea.<\/p>\n

Como estava dif\u00edcil respirar, conter-se, sentir aquele toque junto a sua pele, manter-se l\u00facida e sobre os p\u00e9s. Ela queria renovar o sabor daqueles l\u00e1bios junto aos seus. Queria sentir novamente o calor intenso daquela pele junto a dela numa entrega plena. Mas ficaram ali, em meio a sorrisos espa\u00e7ados, contendo o que de fato n\u00e3o podia ser contido.
\nO casal que seguia ali em meio um di\u00e1logo t\u00edmido era espiado de longe por meia d\u00fazia de olhos. Anne estava inquieta com a aten\u00e7\u00e3o dedicada por sua menina aquele belo esp\u00e9cime que para ela era um macho demarcando territ\u00f3rio. N\u00e3o oferecia perigo real de acordo com seus pensamentos, mas tinha o que ela desejava ter naquele momento sua presen\u00e7a. Do outro lado, estava Rayssa e Michel que brindavam aquele encontro.<\/p>\n

_ Ent\u00e3o foi voc\u00ea quem colocou o nome dele na lista de convidados?
\n_ Por que acha que eu fiz isso?
\n_ Eu n\u00e3o acho ma cherie, mas afinal, quem \u00e9 esse Dave Moretti?
\n_ Uma das figuras mais interessantes de S\u00e3o Paulo. Ele era um dos mais importantes advogados do interior de S\u00e3o Paulo. Um dia, a bordo de seus quarenta e pouco anos, ele decidiu abandonar tudo. A fam\u00edlia achou que era uma dessas crises que os homens enfrentam. S\u00f3 sossegaram quando ele distribuiu tudo que tinha em vida. Separou-se e veio pra S\u00e3o Paulo com a roupa do corpo e algum dinheiro. Ele foi lavador de pratos, vendedor, recepcionista de hotel, garagista at\u00e9 que acabou trabalhando num sebo. Apaixonei-se por livros e abriu um pequeno neg\u00f3cio numa garagem l\u00e1 na Vila Madalena. Em poucos meses o lugar passou a ser o point dos artistas e ficou pequeno pra tantas atividades. De esquina em esquina, ele se tornou um dos principais nomes do ramo. No ano passado ele travou uma dif\u00edcil batalha judicial com seus filhos que em pouco mais de dez anos: perderam tudo que ele tinha levado uma vida inteira pra construir e claro que quando descobriram que o pai estava afortunado novamente, lembrando que ele existia. Foi assim que eu soube de sua hist\u00f3ria de vida que ganhou destaque em jornais, revistas. Uma das mat\u00e9rias dizia \u201c\u00e9 poss\u00edvel ser feliz depois dos cinquenta\u201d\u2026
\n_ T\u00edtulo sugestivo. Acho que combina comigo. Mas eu acho que at\u00e9 ent\u00e3o ele ainda n\u00e3o era feliz. \u2013 disse ele olhando rapidamente na dire\u00e7\u00e3o do casal para em seguida voltar a admirar os olhos de sua amada que havia desenhado em sua pele uma felicidade que at\u00e9 ent\u00e3o, ele s\u00f3 conhecia de livros e filmes, ou de ouvir narrativas alheias. _ E o que voc\u00ea acha que vai acontecer entre eles?
\n_ Como eu vou saber monsieur Michel Lawrence?
\n_ N\u00e3o me convenceu. Agora me conta\u2026
\n_ Bem, j\u00e1 que existe. Eu acho que houve uma precipita\u00e7\u00e3o natural entre eles. O toque, o desejo, a paix\u00e3o j\u00e1 est\u00e3o em suas peles. Agora ele vai querer ir mais devagar. Conhec\u00ea-la intimamente. Sab\u00ea-la. Decor\u00e1-la. Num primeiro momento, ele vai desejar lev\u00e1-la daqui para algum lugar, mas vai se conter o m\u00e1ximo que puder. Vai apenas deix\u00e1-la em casa. Ent\u00e3o vai saltar do carro para abrir a porta do pr\u00e9dio e convid\u00e1-la para um jantar no dia seguinte. Ela vai sorrir e dizer \u201cclaro\u201d e aquela sensa\u00e7\u00e3o de desconforto vai desaparecer completamente quando ele a envolver num beijo que ir\u00e1 romper com o sil\u00eancio do mundo. Os dois v\u00e3o passar cada segundo daquele dia pensando um no outro. Ele vai ligar pela manh\u00e3 para confirmar o encontro. Vai escolher cuidadosamente o lugar. Vai fazer perguntas pessoais. Ela vai se sentir obrigatoriamente mais envolvida e vai ser surpreendida por flores que trazem no lugar de pedidos de desculpas, uma breve frase \u201cpenso em voc\u00ea cada vez mais\u201d. Eles ir\u00e3o caminhar na manh\u00e3 paulistana e juntos v\u00e3o desenhar uma nova cidade que pra eles \u00e9 mais lenta, mais intima e bastante insensata. V\u00e3o acabar sorrindo com a lembran\u00e7a do encontro entre eles e numa noite dessas, ele vai lev\u00e1-la para sua casa e vai am\u00e1-la intensamente ali mesmo no sof\u00e1 e vai saber que ela era tudo que ele procurava. E ela vai saber que est\u00e1 vivendo seu romance, igual aos que escrevo, como era seu desejo\u2026
\n_ Se n\u00e3o estiv\u00e9ssemos em p\u00fablico, eu confesso que bateria palmas. Voc\u00ea tem o dom mon amour. Poucas vezes vi um romance t\u00e3o bem narrado como agora\u2026
\n_ Oras, voc\u00ea \u00e9 suspeito mon amour.
\n_ S\u00f3 porque eu sou completamente apaixonado por voc\u00ea? Isso faz de mim um suspeito?<\/p>\n

O sorriso desapareceu dos l\u00e1bios de Rayssa t\u00e3o logo foram alcan\u00e7ados pelos l\u00e1bios de Michel que parecia se perder toda vez que a alcan\u00e7ava. Era como se o mundo inteiro se ausentasse deles por alguns instantes.<\/p>\n

\u00c9 v\u00e1lido dizer que Rayssa n\u00e3o se enganou com seus dizeres, talvez porque sua novela narrasse cada detalhe daquele encontro nas \u00faltimas p\u00e1ginas da revista que seguia ganhando cada vez mais espa\u00e7o naquele cen\u00e1rio onde o liter\u00e1rio parecia se espremer sempre.<\/p>\n

_ Bom dia\u2026
\n_ N\u00e3o \u00e9 mesmo incr\u00edvel como o amor faz bem as pessoas?
\n_ Eu nunca disse o contr\u00e1rio. E a senhora n\u00e3o se esque\u00e7a da reuni\u00e3o com a Ella hoje. Ela vai estar na minha sala novamente as duas horas em ponto. E dessa vez voc\u00ea vai, nem que eu tenha que te arrastar pra l\u00e1.
\n_ Como voc\u00ea \u00e9 chata Alex. Eu n\u00e3o quero sair de casa. Faltam apenas tr\u00eas cap\u00edtulos. Sabe o que significa isso?
\n_ Claro que eu sei. N\u00e3o fica assim Rayssa. \u00c9 s\u00f3 mais uma hist\u00f3ria que chega ao fim. E essa demorou bem mais que todas as outras.<\/p>\n

As m\u00e3os unidas sobre a mesa se confundiam ali naquele cen\u00e1rio que parecia esmaecer em meio as primeiras sombras do dia. O sol urdia junto a janela e uma brisa tumultuava as cortinas. As l\u00e1grimas corriam pela face de Rayssa que parecia sofrer intensamente naquele momento.<\/p>\n

_ Eu ainda n\u00e3o consigo suportar o vazio que fica quando tudo se acaba. Est\u00e3o todos aqui comigo e de repente s\u00f3 fica essa paisagem silenciosa, vazia. T\u00e3o humana e cruel quanto se \u00e9 poss\u00edvel ser. O mundo real das coisas. Insuport\u00e1vel\u2026
\n_ Hei, eu vou estar aqui com voc\u00ea.
\n_ N\u00f3s duas sabemos que n\u00e3o.
\n_ Claro que eu vou estar aqui Rayssa. Voc\u00ea \u00e9 minha melhor amiga. Lembra-se?<\/p>\n

Rayssa respirou fundo, enxugou as l\u00e1grimas e se deixou ficar naquele abra\u00e7o apertado que naquele momento n\u00e3o era capaz de confort\u00e1-la. Ela sabia das horas seguintes, dia seguinte. Sabia que as coisas reais fugiam ao seu controle. Sabia que naquele mundo, suas palavras n\u00e3o tinham valor algum. Ali ela era apenas um personagem sendo comandada por linhas de um destino que n\u00e3o era tecido por ela.
\nA manh\u00e3 passou por ela com a inquieta\u00e7\u00e3o que lhe cabia. In\u00fameras folhas amassadas foram ao ch\u00e3o. As teclas do computador imprimiam um ritmo alucinado, desumano. Mas absolutamente nada a satisfazia. O cen\u00e1rio a sua volta exibia desconforto. A janela parecia indiferente e j\u00e1 n\u00e3o mostrava o mesmo horizonte de antes. N\u00e3o chovia. Os \u00faltimos dias de agosto finalmente se apresentavam. Aquele m\u00eas que havia se arrastado semanas adentro como de costume. Tudo t\u00e3o lendo. O \u00fanico som que prevalecia era o das buzinas que se precipitavam pelas ruas inundadas de rodas e passos. Tudo naquele lugar estava fora de lugar, inclusive ela mesma que tomou um banho e seguiu a passos lentos para a reda\u00e7\u00e3o da revista. Chegou alguns minutos atrasada, nada que n\u00e3o pudesse ser tolerado.
\nAlexandra n\u00e3o estava em sua sala, de acordo com sua secretaria que a viu sair correndo depois de ler um bilhete que ela mesmo havia entregue a ela.
\n_ Eu acho que teve algum problema com a impress\u00e3o da revista. Mas a Ella j\u00e1 est\u00e1 a sua espera na sala da Alex. Fique a vontade Rayssa.<\/p>\n

N\u00e3o era o melhor momento para falar com um estranho, mas n\u00e3o havia outra op\u00e7\u00e3o naquele momento. Um sorriso. Um aperto de m\u00e3os e o sil\u00eancio daquele lugar cedeu diante das in\u00fameras palavras ditas por aquela mulher que se esfor\u00e7ava em parecer profissional, j\u00e1 que era tudo que lhe restava naquele momento. Rayssa a desenhou em um pequeno peda\u00e7o de papel em poucos segundos, mas como n\u00e3o queria um personagem novo naquele momento; livrou-se do papel e ao faz\u00ea-lo descobriu o bilhete ao lado da lixeira, no ch\u00e3o.<\/p>\n

\u201cMeu amor, eu vou provar pra voc\u00ea que nosso amor \u00e9 pra sempre, mas ao faz\u00ea-lo temo que possa ser tarde demais. Algumas coisas se esvaem por entre n\u00f3s, mas o amor com toda certeza n\u00e3o \u00e9 uma delas. Depois de hoje, voc\u00ea n\u00e3o poder\u00e1 mais me arrancar de voc\u00ea. Eu estarei em voc\u00ea pra sempre\u201d… Anne Letrech<\/strong><\/p>\n

_ Ser\u00e1 que podemos continuar essa conversa num outro dia?
\n_ Algum problema Rayssa?
\n_ Talvez, mas eu n\u00e3o posso explicar agora. Me desculpe\u2026 Nos falamos numa outra hora.<\/p>\n

Rayssa saiu apressada da sala e acabou esbarrando em Dave que estava ali para uma de suas visitas surpresa. Tinha em m\u00e3os um bel\u00edssimo arranjo de flores do campo e acabava de receber a not\u00edcia da secretaria de que sua amada n\u00e3o estava.
\n_ Rayssa? Que surpresa boa encontr\u00e1-la. Como vai?
\n_ Com muita pressa. Vem comigo. Eu te explico tudo no caminho\u2026<\/p>\n

Ela o puxou pelo bra\u00e7o. Sua m\u00e3o estava fria e sua face inquieta. Reclamou da demora do elevador ao chegar e do tempo levado at\u00e9 a garagem. Estava com pressa, mas h\u00e1 momentos em que a pressa se torna v\u00e3. Os obst\u00e1culos s\u00e3o muitos, a come\u00e7ar pelo transito. Todos os sinais da cidade pareciam exibir uma \u00fanica cor: vermelho. Enquanto isso, ela contava a Dave uma hist\u00f3ria cheia de retic\u00eancias que envolvia uma artista pl\u00e1stica, uma jovem rec\u00e9m chegada do interior e um poss\u00edvel desfecho que talvez fosse tarde demais para ser alterado.
\nOs dois chegaram ao pr\u00e9dio onde Anne morava e depois de algum tempo conseguiram se livrar do porteiro que n\u00e3o queria deix\u00e1-los subir. A porta do apartamento estava aberta. Havia um sil\u00eancio insuport\u00e1vel entre aquelas paredes. Os \u00fanicos movimentos eram os dele. Sobre o sof\u00e1 uma s\u00e9rie de fotografias que desenhavam um cen\u00e1rio. O t\u00edtulo \u201cinterioridades\u201d revelava o tempo dedicado por Anne aquela composi\u00e7\u00e3o. Tudo orientado de forma precisa: tempo e espa\u00e7o. Tantas sombras. Parecia ser a \u00fanica coisa a fazer sentido ali. De repente o sil\u00eancio foi rompido pela voz de Dave que grito por ela. A fotografia em sua m\u00e3o narrava aquele cen\u00e1rio. Uma mulher na banheira com as m\u00e3os para fora com os pulsos cortados. A vida por um fio, se esvaindo lentamente desde o come\u00e7o daquela manh\u00e3. N\u00e3o havia mais nada a ser feito. Estava morta. Ao lado da porta estava Alex, sentada junto a parede com as m\u00e3os cheias de sangue, a camisa molhada. Os olhos secos, perdidos. Estavam em choque. Ela, como o personagem na foto havia tentando remover o corpo da banheira, espalhando \u00e1gua pelo ch\u00e3o do banheiro. O peso n\u00e3o lhe permitiu agir. O sil\u00eancio causado pelo terror daquela cena. n\u00e3o lhe permitiu outra coisa que n\u00e3o fosse ficar ali, sentada, em p\u00e2nico e teria ficado ali pra sempre n\u00e3o fosse a presen\u00e7a de Rayssa e Dave.<\/p>\n

\"image\"<\/a>
\nAquele era visivelmente um cen\u00e1rio preparado meticulosamente por uma artista que desenhou sua pr\u00f3pria morte e prendeu a ela um espirito que ao menos por enquanto voava de encontro a uma janela onde se sentia segura. Alexandra estava novamente presa a uma pequena cidade e na maneira de pensar de Anne Letrech \u201cestavam juntas pra sempre<\/strong>\u201d.<\/p>\n

\n
\n

Este artigo pertence ao blog “Entre Mar\u00e9s”<\/a>.<\/p>\n

Pl\u00e1gio \u00e9 crime e est\u00e1 previsto no artigo 184 do C\u00f3digo Penal.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Por Lunna Guedes Fingindo uma descri\u00e7\u00e3o que n\u00e3o convencia, Alexandra tentava disfar\u00e7ar sua ansiedade, mas seu olhar vasculhava cada cent\u00edmetro daquele lugar em busca daquele homem que reinava absoluto em sua mente. Contemplava outros olhos e bocas longamente em sil\u00eancio, numa luta insensata que revelava outros estranhos que nada lhe dizia. 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