{"id":517,"date":"2011-05-22T20:48:00","date_gmt":"2011-05-22T23:48:00","guid":{"rendered":"http:\/\/minhasmares.com.br\/?p=517"},"modified":"2011-11-01T14:39:48","modified_gmt":"2011-11-01T16:39:48","slug":"ecos-letras365","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/minhasmares.com.br\/ecos-letras365\/","title":{"rendered":"Ecos – #Letras365"},"content":{"rendered":"
\n\u201cA sabedoria com as coisas da vida n\u00e3o consiste, ao que me parece, em saber o que \u00e9 preciso fazer, mas em saber o que \u00e9 preciso fazer antes e o que fazer depois.\u201d
\n(Liev Tolst\u00f3i)<\/p>\n<\/blockquote>\n<\/a>
\n<\/a><\/p>\nAs pedras da minha rua fui eu que as escolhi. Sou eu quem caminha por elas, sou eu quem trope\u00e7a em cada falha de pedra, por isso tenho o direito de escolher cada um paralelep\u00edpedo da cal\u00e7ada. Os ecos do caminhar v\u00eam dos meus p\u00e9s, e diante de tudo isso eu que decido se devem ou n\u00e3o continuar por ali, em suas formas de papel amassado que se encaixam umas nas outras. Se h\u00e1 caminhos, h\u00e1 pedras, ent\u00e3o por que n\u00e3o deix\u00e1-las ali, diante dos meus passos? \u2013 O destino das \u00e1rvores do meu jardim, eu decido \u00e0 medida que o c\u00e9u vai se enfeitando de cores largas e palp\u00e1veis como molduras em telas. Essas \u00e1rvores crescer\u00e3o na altura que eu parafrasear. As flores, se n\u00e3o forem do campo, eu arranco uma a uma, n\u00e3o deixo nenhum espinho e nenhuma lembran\u00e7a da poesia que sangrou. Todas essas teorias v\u00e3o sendo arquitetadas num final de tarde, de um quase inverno, enquanto os meus olhos se dividem entre a poesia das gotas de chuva e as palavras de Tolst\u00f3i. Num caminhar entre letras, entre tantas confus\u00f5es, deixo as pedras e esque\u00e7o-me dentro do destino de um verso conotativo e mal escrito.<\/p>\n
#pensamentos<\/em><\/p>\n
P.s.: A leitura nos permite cada coisa. Devanear \u00e9 uma delas\u2026<\/span><\/em><\/p>\n