Chove no silêncio / das minhas letras / abstratas / esse sentir ambíguo / a consumir a minha derme / que pulsa além das cores.
Poético
Caminhei à margem / do poema infame, / inacabado / incompleto / delirante / cheio de rupturas / e incertezas / da alma.
Imperfeita que sou / deixo traços meus / espalhados pelas / páginas desertas / a acumular sentimentos /e sensações que /atravessam o corpo.
Só reverencio aquilo que arrepia a derme, que faz pulsar os poros e que evapora todos os aromas do sentir.
No fim do papel é possível encontrar páginas inteiras de versos rasgados que ficaram pela metade no vocábulo inteiro de um voo imperfeito. Esqueceu até que para abrir as asas e encarar o vento não precisa tirar os pés do chão.
Amei a solidão / abandonada na areia, / esquecida no deserto / e repelida pelo céu. / Amei a dor / no exílio de / minhas profundezas.