Eternamente, Saudades
Não importa quão distante estamos, se os braços ainda não se abraçaram, ou se a comunicação é via msn, twitter, emails… O que sempre importa é a autenticidade dos sentimentos e a felicidade que existe em amizades que nascem por acaso… De alma nômade, Tatiana Monteiro conseguiu unir artistas, poetas, amigos, loucos e formou uma grande família que vai além mar… Os sonhos, os sorrisos e todas as conversas que duravam horas e horas não enxergavam distâncias, apenas agarravam-se em esperanças de um breve encontro. Rascunhos e conversinhas que virariam livros, tequilas e tantos outros planos e saudades que ficarão acumuladas… Sentiremos para sempre a sua falta, mas o seu sonho de espalhar sonhos, arte e cultura permanecerá eternamente…
Fez-se silêncio naquele momento. Apenas um abraço falou em meio as vozes abafadas. Apertos de mãos, beijos, eram movimentos usados para tentar acalmar uma alma que sofria angustiada pela perda de alguém querido.
O que falar?
Não há o que dizer.
Quem sabe algo que você queira escutar?
Não há o que argumentar nessas horas, muito menos o que ouvir.
Todas essas palavras tornam-se repetidas e nenhuma delas conseguem acalmar um coração que está quebrantado. A maioria dessas frases resume-se apenas em um abafado: “sinto muito!”
Mas sente o que?!
Não sei.
Inexplicável e indecifrável são os sentimentos que passam no interior de uma pessoa que sofre pela falta de alguém. Não há uma retórica sequer que diminua a dor da perda. A solidão e o desespero sucumbem toda aquela situação. Nenhum verbete é capaz de preencher a ausência. É uma embriaguez solitária. Um buraco no meio do mundo. A voz emudecida, os braços vazios do abraço.
Observei sua face pálida, imóvel e gélida que se misturava com as expressões doces e suaves de uma pessoa que fora feliz e tinha muita vontade de viver. Porém, agora se encontrava ali, inerte em um caixão. Não havia mais sorrisos, sonhos, gargalhadas, encontros, contos, músicas… tudo estava contigo naquele cubículo frio e mórbido.
As minhas lágrimas de solidão e impotência diante de todo aquele desespero, insistiam em incomodar-me. E pela primeira vez eu não precisava delas, não aquele dia, tudo o que eu mais desejava era que você voltasse.
O que restou foram lembranças e fotografias que se dissolverão no tempo. Desejos envelhecidos. O passeio no parque, os planos, as viagens, as histórias que não terão mais fim, todas contadas pela metade… tudo isso você levou consigo, não deixou nada aqui. Fica apenas a saudade e essa lágrima que escala nos meus olhos e cai pelo chão. E enquanto ela escorre o silêncio grita, chama, clama, mas você não responde…
Saudades sempre, Tati!!
Eurico
Vim te dar um abraço fra/terno. E força, amiga!
Joakim Antonio
Continuaremos plantando girassóis, ela plantando num plano maior agora….
Cláudia Dans
lindo texto , Suzana! e vamos continuar mandando mentalmente girassóis para Tati. ela vai amar!
abraços
Luma Rosa
Não conheci, mas sei o que é perder alguém querido! Sinto muito!! Beijus,
Helinha
Amiga
Ainda me dói muito escrever sobre a Tati, ainda choro a cada vez que vou comentar algum texto que fala dela e ainda não consigo muito bem falar sobre o assunto…
Mas a cada texto que leio, a cada homenagem postada sobre a Tati, eu vejo o quanto de girassóis ela plantou…
Cada um de nós já tinha seus próprios sonhos e seus próprios objetivos, mas ela conseguiu nos unir, e nos fazer sonhar juntos…
Agora começo a perceber que, embora sempre vá achar que ela partiu cedo demais, ela fez tanto em seu curto Tempo na terra!! Muito mais que pessoas que vivem muita décadas…
Meu coração ainda está despedaçado, ainda sangra.. mas, mais por ela que por mim, vou fazer aos poucos com que ele se recomponha e cicatrize…
Força, pra todos nós… e muita luz e paz pra ela, que eu tanto amo…
Beijos