Estou perdida no emaranhado das minhas letras e no atravessar do verbo que habita a página.
Blogosfera
Há vestígios teus por todos os lugares que ando. Sinto-me inteiramente feliz por encontrar um pouco te ti em cada passo meu. As tuas marcas espalham-se pela casa e atravessam o meu quintal enfeitando todas as ruas do bairro-casa. Nuances poéticas a perambular pelas tuas letras entalhadas nos livros de poesia que tu escreveste. Observo-te no botão que desabrocha no inverno e nas nuvens que preenchem o céu azul quando estou o universo.
Mágoas, / cicatrizes expostas. / O sangue a jorrar / pelos olhos, / alma, / boca, / poros...
perco-me no caos daquelas palavras / não ditas, / esquecidas / abandonadas no abismo / de todas as tuas falas.
Na última nota de agosto / fez sol entre as ruelas da alma.
Deixo aqui apenas uns poucos fragmentos escritos na tarde de outono em que eu me vi nua diante de todas as palavras.