As suas pegadas pelo jardim ainda ecoam no interior, nos limites de minha dor. Não mexa com minhas lágrimas, não enxugue os meus sorrisos, não aqueça meus braços. Mesmo que a sua imagem seja pintura fresca, não provoque mais estragos nas dores que ficaram perdidas no meio do caminho.
Palavras Intimistas
O coração fora da página, além do verbo, a pulsar no meio da palavra abstrata. O sentir a evaporar pelos poros de toda minha existência.
Quebrada, em ruínas / fracionada / em retalhos / abandonada entre / o verbo e o pronome / perco-me nas fissuras / do meu existir / no deserto / de todas as emoções / meu frágil ser / aspira o cheiro / salgado que esvai de mim.
Dizem até que um dos seus objetos preferidos era uma garrafinha de vidro, que ficava em cima da escrivaninha. Ali estava depositada todas as suas lembranças de areia, água e sal.
Minha alma é um olhar no cais que encontra o infinito… Meus passos são pés descalços na areia sentindo o toque do mar… Minha alma é essa tarde nublada Ventando folhas pelo oeste do meu sentir É esse entrelace que não cede É essa conquista que se perde. Minha alma
Os dias pedem uma nota na pausa. Paro! Não vejo mais as ruas enfeitadas, nem as curvas pelo caminho. Minha ausência tem pressa! As vontades incontroláveis suplicam pelas lacunas amanhecidas. A derme implora pela brisa que passeia nas ruas, pelo sol nascente e por toda liberdade falseada que vem daquelas