Olho-me e a resposta do espelho é diferente a cada olhar repetitivo que faço. Nunca tenho uma imagem idêntica, há sempre cores que divergem entre si. E nem pense que é a cor dos cabelos que muda a cada pintura. Também não é a cor dos olhos que pintam em todos os arco-íris que aparecem no céu e nem é a minha pele que está diferente em cada tom de verão. Olho três vezes no espelho e o reflexo sempre diverge. Há mudanças, há vários reflexos. Cor: camaleão. Já não procuro respostas nem identidades. Sou camaleão adaptável em labirintos sem saídas. Sou arco-íris de saudade com paredes em tons amarelados. Diversidade de reflexos. Rasgo em minha pele as mudanças da minha cor, dos sonhos que trago em mim. Sou camaleão nos reflexos de espelhos… Olho-me e encontro várias respostas.