Espalham-se asas pelo céu, pelos mares, por todos os lugares.
Asas de anjos, se é que eles existem,
asas de pássaros que brincam de voar na imensidão,
asas de uma menina que não entende a solidão.

Há asas por todos os lados
asas que brincam
asas que pintam
asas que versam…

Há asas que fingem ser asas
asas de sonhos
de presentes, de encantos…
Asas que ganham o céu
que ganham asas
que ganham ventos, estrelas…
Asas que ganham sorriso e liberdade.

Eu não sei se entendo muito bem de asas,
Sei que finjo tê-las, sabê-las em mim…
Mas eu sei voar…
Não preciso entendê-las para poder voar
Preciso apenas abrir os braços e fechar os olhos
Pronto: o infinito se desenha numa espécie de vôo

(Suzana Martins – 30/06/2010)