Bem ali, no eco,
onde os gritos do meu silêncio fazem barulhos,
existem alguns limites
que imitam sonhos.

Miragem? Talvez!
– não sei!
Sonhos não se limitam,
apenas concretizam momentos inventados.

E assim, fujo de mim,
mas não encontro absolutamente nada…

Porém, nesses dias intermináveis
pintados de azul,
nasce em meu peito flores de solidão.
Um desabrochar de horas caladas
que determinam o contar dos passos ilimitados.

Contradições!

Limites de um imaginário
a esperar pela chuva
num sonho surreal de versos…

Loucura?
– pode ser!
Mas é sempre assim:
o silêncio responde em ecos
interpretando a loucura
dos versos que não se limitam em sonhar!