By Mari Nunes

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Hoje quem navega por aqui é a minha terapeuta que não está de férias, a Mari.

Cansaço, é isso!

Thereza chegou em casa e se jogou na cama, está esparramada há horas e pensa compulsivamente em todas as coisas.

Não é tristeza, não é raiva, não é amor, não é frustração, não é nada além de cansaço.

Cansaço de tanto procurar algo que ela não sabe onde se esconde, se é que se esconde e que não sabe nem se existe. Poderia ter ficado sentada esperando, como tantas vezes fez, e como está fazendo agora. Podia ficar calmamente esperando, como tantas vezes fizeram com ela, mas não! Ela foi. Levantou e foi. Andando, correndo, nadando, cantando, pouco importa. Ela foi e agora está, definitivamente, muito cansada.

Esperançosa. Uma imensa de uma esperançosa-pessimista. Um grande contraste. Um paradoxo. Como se as coisas estivessem sempre na eminência de um fim com a impossibilidade de que o próprio fim, de fato, chegue.

Ela diz para as amigas que tudo dará certo. Ela diz para si mesma que sempre tudo dá errado. Ela sorri diariamente e motiva pessoas ao seu redor. Ela chora internamente em busca de sua própria motivação.

Thereza é muito bonita, inteligente e carinhosa. E esparramada em sua cama, ela rascunha mentalmente versos que, provavelmente, se manchariam com suas lágrimas de sal. Está cansada de escrever quase as mesmas coisas, de ter quase as mesmas inspirações. Cansada de olhar para os lados, como se alguém fosse aparecer surpreendentemente.

Cansada de olhar no espelho e ver que tudo aquilo está esmorecendo dia-a-dia. Está exausta. De andar pela rua, pelo corredor de seu trabalho, olhando frenéticamente para os lados buscando um olhar que lhe acolhesse.

O desconforto com a vida deixava Thereza sem lugar, sem caminhos. E ela parecia desejar ser alguém que ficassem além (ou aquém) dessa realidade que a cansava tanto.

A realidade já fizera sofrer tanto que, ela gostava de se sentir um pouco maluca, um pouco fora desse mundo. Como se dessa forma ela não sentisse as lâminas, que diariamente lhe mostravam que a luta seria árdua.

Thereza estava só cansada. Somente isso. E quando se cansava, dava nomes diferentes e dramáticos para cada dor muscular que sentia.

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Leia mais sobre Thereza aqui!

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Mariana Nunes, 24 anos, Psicóloga, professora, escritora, dona do blog Minha Terapeuta está de Férias. Apaixonada pela profissão que escolheu. Pensadora compulsiva com uma imaginação sem limites. Buscando o equilibrio e o autoconhecimento. Degustando das centelhas de felicidade. Mandona, brava, meiga, sensivel, fiel e muitos outros predicados (virtuosos e não tão virtuosos assim). Essencialmente feliz.