Letter #5
Fios de saudade, lembranças felizes e nostálgicas.
Pensei em ti.
A verdade é que hoje acordei pensando em ti e em tudo o que vivemos e sonhamos ao longo desse tempo. Uma saudade que baila ao som da canção que me desperta. Saudade que versa com o vento, brinca de mares e tem cheiro maresia. E nessas lembranças, me vi com um leve sorriso no rosto lembrando-me de todos aqueles lugares que passeávamos, de todos os momentos onde o outono percorria pelas estradas de sonhos e sorrisos.
Sinto uma lágrima nostálgica escorrer despretensiosamente pelos meus olhos… Lágrima embaçada que nasce com a fumaça do chá trazendo aromas que percorrem pela casa, movimentando lembranças suas que encontra-se em todos os lugares, principalmente dentro de mim…
Ligo o rádio e a primeira música que toca, canta toda a minha saudade. Uma interpretação de todos os dias vividos e comemorados. Hoje, apenas a saudade, não aquela que machuca, mas aquela que traz leves sorrisos e doces lágrimas. Lágrimas agridoce, que mistura todos os momentos…
E enquanto escuto a canção, como num piscar de olhos, percorro por aquela estrada, onde havia uma árvore solitária que bailava ao som do vento. Era a nossa parada, sempre encostávamos por ali naquelas tardes de verão e víamos o sol esconder-se atrás das montanhas… Aquele espetáculo coloria a estrada, porém nunca sabíamos onde o sol se escondia, nem sabíamos, ao certo, onde a estrada terminava… Mas era o que tentávamos desvendar, sempre inventando finais para os finais de dia e de estrada.
Hoje acordei assim, pensando em ti, lembrando das estradas e seus finais, do pôr-do-sol (em pleno amanhecer) e daquela árvore sempre solitária, mas tão feliz por está ali dançando com o vento, e também (quem sabe?) inventando finais para todas aquelas pessoas que por ali passavam…
Eu sei que vais me perguntar se árvores brincam de finais ou de histórias. A verdade é que eu não sei. Sei apenas que nós inventamos as nossas histórias brincando de contar os finais… (rs)
A música parou de tocar, mas a saudade continua aqui. Lembra da canção? – Era a música que cantávamos depois que o sol se escondia… Lembra da árvore? – Ela brincou com os nossos finais…
Tenho saudade…
Hoje acordei com a saudade cantando aqui. Saudades, leves sorrisos, recordações e algumas lágrimas… Não poderia deixar de lado as letras, por isso escrevo cartas, pois são elas, letras em forma de saudade, que nos aproxima. Saudade que une as nossas palavras e sentimentos.
Tenho saudade daquelas tardes, do seu sorriso, do seu abraço e daquela árvore que não sei se ainda está por lá…
Beijos com sabor de saudade, fotografados em doces recordações…
Alguém.
*Para ler as outras cartas, clique aqui!
Tatiana Kielberman
Su, querida!
Quando leio os seus textos, por um momento fico parada olhando para eles, buscando entender se tudo o que estou lendo é mesmo real!
E… eis que acabo chegando à conclusão de que sim, é muito mais real do que posso imaginar e esses sentimentos saem de um lugar bem especial do seu coração!
Entendo bastante o que você fala sobre esse lance de saudade, pode crer! E ainda compartilharemos muitas histórias sobre isso!
Você transmitiu esse sentimento com uma perspicácia incrível!
Um beijo carinhoso e parabéns pela maravilha de escrita! Sem mais palavras…
Lunna Guedes
Fiquei aqui a pensar nos teus passos
junto a areia da praia
E junto as outras paisagens,
que eu desconheço.
Pés descalços, passando em frente a igreja
Sem fazer sinal da cruz
Porque sua educação ultrapassa tudo isso!
Vejo-te voltando pra casa
Ensaiando passos e um falto equilibrio
junto a guia da calçada
Terá outro nome aí em tua cidade?
E sem a resposta te vi escancarar o portão
Correr porta a dentro…
Mergulhando no seu canto de mundo
Com caneta e papel a fim de tecer sua missiva.
Menina, voei com você!
Bacio…
Sandra Cajado
Saudades tem sido assim a grande aliada de tempos não muito distantes,ou talvez no presente momento.
Seja ela machucando ou não, ela sempre trás algo de bom que vivenciamos um dia,lágrimas ,chás,aromas,árvores,tardes,manhãs,dia,dias,noites,sorrisos e lágrimas, quem pode dizer que isso não se chama saudade?
Mas ainda assim me perco com olhos fixos na paisagem lá fora e tentando decifrar qual o sabor e aroma da folha seca do outono,eu ainda vou saber e ainda vou experimentar.
Sinta-se abraçada minha doce amiga.
Saudades que nem sei,devaneios que pensei e que espero voar pegando carona nas asas da liberdade expressa na arte de viver.
Beijos Su.
Da amiga Sandra Cajado.
Rita Schultz
Ah, essa Letter #5 é tão a gente! Ah, como mulher ama, sente e vive intensamente! E vibra, até mesmo na saudade, na ausência!
Beijos, linda! Você desenha a nossa alma. Lindo, lindo…
Luma Rosa
Su, trop romantique!!
Ainda acho que se as pessoas fossem desbloqueadas, assim como as máquinas, elas seriam mais espontâneas. Mas por conta de uma infeliz covardia de não manifestar sentimentos profundos, pessoas vivem na superfície, quer dizer, nem vivem!
Só vivemos quando amamos! O coração pulsa, o sangue corre mais rápido, aquece o nosso peito e vem aquela vontade de explodir VIDA!
Essas cartas, espero tenham endereço! (rs*)
Eu Quero Ser
Eu tenho medo de amar, mas amo, acho que deveria escrever cartas de amor como você, e espero que a árvore ainda esteja ainda lá !
Beijos Su
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