Fios de saudade, lembranças felizes e nostálgicas.

Pensei em ti.

A verdade é que hoje acordei pensando em ti e em tudo o que vivemos e sonhamos ao longo desse tempo. Uma saudade que baila ao som da canção que me desperta. Saudade que versa com o vento, brinca de mares e tem cheiro maresia. E nessas lembranças, me vi com um leve sorriso no rosto lembrando-me de todos aqueles lugares que passeávamos, de todos os momentos onde o outono percorria pelas estradas de sonhos e sorrisos.

Sinto uma lágrima nostálgica escorrer despretensiosamente pelos meus olhos… Lágrima embaçada que nasce com a fumaça do chá trazendo aromas que percorrem pela casa, movimentando lembranças suas que encontra-se em todos os lugares, principalmente dentro de mim…

Ligo o rádio e a primeira música que toca, canta toda a minha saudade. Uma interpretação de todos os dias vividos e comemorados. Hoje, apenas a saudade, não aquela que machuca, mas aquela que traz leves sorrisos e doces lágrimas. Lágrimas agridoce, que mistura todos os momentos…

E enquanto escuto a canção, como num piscar de olhos, percorro por aquela estrada, onde havia uma árvore solitária que bailava ao som do vento. Era a nossa parada, sempre encostávamos por ali naquelas tardes de verão e víamos o sol esconder-se atrás das montanhas… Aquele espetáculo coloria a estrada, porém nunca sabíamos onde o sol se escondia, nem sabíamos, ao certo, onde a estrada terminava… Mas era o que tentávamos desvendar, sempre inventando finais para os finais de dia e de estrada.

Hoje acordei assim, pensando em ti, lembrando das estradas e seus finais, do pôr-do-sol (em pleno amanhecer) e daquela árvore sempre solitária, mas tão feliz por está ali dançando com o vento, e também (quem sabe?) inventando finais para todas aquelas pessoas que por ali passavam…

Eu sei que vais me perguntar se árvores brincam de finais ou de histórias. A verdade é que eu não sei. Sei apenas que nós inventamos as nossas histórias brincando de contar os finais… (rs)

A música parou de tocar, mas a saudade continua aqui. Lembra da canção? – Era a música que cantávamos depois que o sol se escondia… Lembra da árvore? – Ela brincou com os nossos finais…

Tenho saudade…

Hoje acordei com a saudade cantando aqui. Saudades, leves sorrisos, recordações e algumas lágrimas… Não poderia deixar de lado as letras, por isso escrevo cartas, pois são elas, letras em forma de saudade, que nos aproxima. Saudade que une as nossas palavras e sentimentos.

Tenho saudade daquelas tardes, do seu sorriso, do seu abraço e daquela árvore que não sei se ainda está por lá…

Beijos com sabor de saudade, fotografados em doces recordações…


Alguém.

 

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