Nunca fui do tipo que lê poesias, nem mesmo fui daquelas meninas que escrevem poemas infantis para o grande amor da terceira série. O meu barato sempre foi prosa, sempre foi uma boa e detalhada história.
O tempo passou e as histórias ficaram mais “sofisticadas”; veio a faculdade e, com ela, vieram também os livros da área. Existem épocas em que só tenho tempo para ler livros de jornalismo, comunicação e afins. Foi por esse motivo que uma ex-professora me presenteou com a “Nova Antologia Poética”, de Vinicius de Moraes. Segundo ela, pequenas doses de poesia deixam a vida mais colorida. E deixam mesmo!
Essa coletânea foi organizada pelos poetas Antonio Cicero e Eucanaã Ferraz, e conta com poemas muito conhecidos de Vinicius de Moraes, como: Soneto da Fidelidade, Soneto do Maior Amor e Soneto do Amor Total. A “Nova Antologia Poética”, acredito que como todo livro de poesia, não é para ser lido de uma só vez. Vale a pena deixá-lo na cabeceira, folheá-lo de vez em quando e ler algumas poesias antes de dormir, ao acordar ou quando o cotidiano pedir um pouco mais de cor.
Vale a pena ler e reler sem compromisso. Pelo simples prazer da poesia.

“De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.”
(Soneto da Fidelidade)

“Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.”
(Soneto do Maior Amor)

“Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.”
(Soneto do Amor Total)

[12.08.2009]