“E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando…
e um dia me acabarei.”

(Cecília Meireles)

Já faz alguns dias que os meus olhos avistam novas paisagens, são pequenos detalhes que desmoronam fragmentando momentos indescritíveis… Não há uma imagem projetada para essas situações, não há versos ou reversos que descrevem momentos que apenas o silêncio, o olhar ou o sorriso recita tudo.

As muitas ou poucas palavras não conseguem atingir o máximo desses sentimentos que provocam emoções e sorrisos. Tenho em mim apenas versos tortos ou certos e algumas poucas letras que se misturam na beleza dos olhares.

Apenas uma expressão descreve essas sentimentalidades: “Tudo isso é massíssimo!”

É poder olhar nos olhos e ver lágrimas em forma de sorrisos. E de perto eu estendo o abraço que a prosa e a poesia não consegue transmitir nessas sensações. As palavras se perdem, as vírgulas bagunçam o texto dando espaço apenas para o carinho explícito em dias de inverno com sensações de outono.

Sim! É massíssimo! É massa! É o abraço na poesia no encontro do olhar…

*Massíssimo: (Derivado da expressão baiana “massa”), palavra inventada pela minha mais nova mamãe Clara Zaiantchik. Simples palavras em grandes momentos…