Letter #7
Dias de saudade, noites de ausência…
“Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz”
(Marisa Monte – A Sua)
Você partiu, ao amanhecer, e deixou o rádio ligado, tocando aquelas canções que escutávamos sempre no final do dia…
Desde que você se foi há silêncios por aqui. Silêncios que gritam pelos portões da saudade, silêncios que ultrapassam o coração e explode sentimentos metafóricos… Não sei se existem sentimentos que vão além das metáforas, sei apenas que é isso o que eu sinto, e o meu sentir é existir!
Há momentos em que as palavras deslizam entre dedos sem pedir licença. Já outras vezes as palavras viajam com o vento e se perdem entre tantos outros lugares, olhares, momentos… Palavras são assim, não aparecem quando queremos, elas só aparecem quando tem vontade, quando elas estão afim. Eu nunca vou entender esses verbetes que brincam dentro de mim…
Será que um dia essas confusas palavras brincarão de versos? – Não sei! Há dias que procuro verbos e encontro apenas mil letras embaralhadas numa gaveta de versos tortos…
Cadê as palavras?!
Não tenho palavras, tenho apenas os meus medos guardados em mim. Medo da ausência, medo das palavras, medo das canções que tocam quando a saudade grita…
Eu não te vi caminhando pelas ruas a procura das minhas palavras, mas te vi perambulando pelas entrelinhas do poema. Eu não ouvi apenas a sua voz repetindo a saudade escondida em nós, eu cantei contigo aquela canção… mas, hoje, encontra-se apenas aquela saudade escondida, e a presença que a própria canção levou de mim. Tenho medo!
Eu te contei?!
– Os medos me fizeram desistir das palavras, uso apenas as entrelinhas para contar os meus segredos e os desejos que estão guardados aqui dentro. Às vezes uso as notas de rodapé, só para ter certeza que você lerá até o final, mas os poemas, aqueles versos tortos eu joguei em algum lugar onde a chuva fez questão de molhar…
Voltei ao ritual das cartas, voltei às letras, mesmo não tendo todas elas em mim, mas sinto que escrever para você é uma maneira de está mais perto de ti.
A ausência do seu cheiro, da sua voz faz com que as minhas palavras ausente-se de mim, mas de alguma maneira eu procuro encontrá-las na canção que toca no rádio que você esqueceu ligado…
Não se assuste com a incoerência das minhas frases, mas é que estou com saudades e quero que as minhas letras cheguem até você pelas entrelinhas dos versos…
Beijos no seu coração
Alguém
Nota de rodapé: saudade gritante nesse silêncio todo.
Albertt
saudade, saudade.. queem nuunca sentiu!
abraaaço!
ah beela musica! 🙂
Sandra Cajado
Uau…que delícia de #letter
Digamos que as palavras nunca se perdem elas apenas se armazenam em algum lugar pra nascer na hora certa.
As palavras são vida e musicaliza o coração!
Marisa Monte é expressão exata de sentimentalidades e sempre nos empresta algo que gostaríamos de dizer mas no momento as palavras fugiram pra algum lugar.
Sou sua fã e admiro demais o que você escreve.
Amo vc pessoinha linda!
Com muito carinho.
Sandra
Valéria Sorohan
Suzana, que bom que voltou.
Que o silêncio deixe na alma, as cores vivas do poema.
BeijooOs*
Tatiana Kielberman
Su, amada…
As palavras sempre ficam em algum lugar que nos desafia a encontrá-las… E, mesmo que a gente ache que encontrou o jeito certo de expressar "sentimentalidades", parece que fica faltando um ingrediente qualquer…
E sabe qual é esse ingrediente?
É a alma… e você sabe complementar muito bem seus textos com ele! Sentimos sua alma viva, presente nas linhas e nos versos…
A saudade? Esta não tem tamanho e jamais poderá ser descrita! Nem com as mais belas tintas, nem pelos mais incríveis poetas…
Amo você e a saudade bate forte!
Um beijo, querida!
Anonymous
Su, filhota…
Que bom te ler mais e mais vezes!
Senti como se você estivesse sentada aqui na mesa da cozinha, conversando comigo… que saudade!
A saudade fica sem tamanho dentro da gente, né? Até que tem um fiozinho chamado "vida" que puxa a gente pra realidade… inevitavelmente!
Vamos vivendo, linda… vamos vivendo!
Amo vc!!!!
Clarinha
Lunna Guedes
Os lugares, as pessoas, as palavras e as sensações. Somos nós diante da face da realidade a ver partidas, ensaiar chegadas e desenhar nuvens azuis num céu cheio de possibilidades. Então ao apreciar o horizonte a gente percebe que tudo é muito longe, mas também tudo é bem perto se apenas fechar os olhos e deixar o corpo ir…
Saudades de ti minha cara
Bacioa
Lily
Suzana, querida xará!
Saudades, eu é quem tenho, de ti!
Que bom que voltou.
Lindo texto. Sentido. Verdadeiro. Real.
Beijos!
Suzana