A Página de Um Diário Qualquer…
Meus pés, ainda descalços, caminhavam em direções opostas a todas as minhas vontades…
De um lado, um desejo único de sair pelo mundo. Caminhar sem mistérios, desvendando segredos e abraçando mundos que ainda estão sendo construídos… E do lado que eu me encontro, ou seja, do outro lado, apenas as responsabilidades civis de estudante, estagiária e tantas outras coisinhas que ainda consigo ser.
E toda aquela preguiça existente no ar, abraçava-me silenciosamente…
…Porém diante de todas essas palavras que parecem sem sentido algum, encontra-se o meu all-star que está jogado entre nuvens tortas, com sonhos outrora vazios, mas completamente cheios de pernas, braços, mãos e a mesma vontade de menina sapeca que quer andar por ai.
Meus olhos marejados, caminham entre sonhos amanhecidos…
O diário envelhecido na areia observa os passos de quem caminha sob o sol e mergulha entre ondas e mares. Daqui, de um porto tenho a visão de tantos outros que apenas passam.
Talvez a correria torna-os tristes…
Tristes são os rostos escondidos sob máscaras. Talvez aqueles que pintam o rosto de preto, branco ou simplesmente vermelho sangue em tom desbotado…
Sempre há uma lágrima por trás de um tal sorriso amarelo, que na realidade é incolor. Uma mistura de cores, pensamentos e verbos que não sabem ao certo o que são e/ou de que são feitos.
Parece aquelas vozes que soam feito ecos de vãs repetições que não têm sentindo, apenas atolam pensamentos vazios.
Hoje, o all-star está encostado, os lábios carregam sorrisos que não realçam a beleza, e olhos ainda deixam escorrer vestígios de sono e confusões…
Torpe e confusas são essas minhas palavras escritas num papel de areia…
(Suzana Martins – 2008)
DILMA AUGUSTA
lindo poema, amei …como consegue dar vida as coisas, pensamentos aos lugares e sonhos aos estranhos.
Suzana Martins
Dilma, obrigada pela sua visita! Obrigada mesmo… Fico feliz que tenha se identificado e quanto aos sonhos e pensamentos, rs, as palavras encontram os seus!!
beijos e volte sempre!!^^