By Natália Raposo

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Eu tenho a honra de receber na coluna ‘Nossas Marés’ a Nati.

Que seja doce!

Todo ano é a mesma coisa.

Dezembro. Vermelho. Natal. Branco. Ano Novo. Resoluções.

Todo ano temos a ilusão (?) de poder fazer tudo diferente a partir do primeiro dia do ano seguinte; o simulacro de recomeço, a esperança renovada e todo aquele papo publicitário para aquecer o comércio da época.

Esse ano, o espírito natalino não chegou para mim; talvez porque nos últimos dois anos ele tenha chegado com antecedência e força total. Esse ano, o excesso de trabalho não me permitiu escrever cartinha mental para o Papai Noel metafórico. Esse ano, eu ainda não sei se escreverei resoluções de Ano Novo, se renovarei as resoluções passadas e não alcançadas. Sei apenas que é inevitável fazer aquele balancete da vida, pondo nas tabelas conquistas e derrotas medidas como as contas públicas. O desejo é que o saldo seja positivo, sempre. E, no fim das contas, é sim. O saldo é positivo ainda que seja de aprendizado.

Em 2010, consegui entender o que quer dizer “o tempo de Deus”; entendi que as coisas não podem ser quando eu quero, nem do jeito que eu insisto em querer. Algumas vezes, simplesmente não estamos preparados e é sábio entender e saber esperar. Foi um ano de aprendizado e de exercício de paciência. Acho que logrei êxito.

Foi um ano de corações partidos e reconstruídos. Mais uma vez a vida me mostrou que o mundo não pára para que você junte os caquinhos do seu coração. Daí, quando um desavisado qualquer o parte, ainda que sem querer, você abaixa rapidinho, junta o que dá pra juntar (sempre ficarão uns caquinhos no chão) e faz um lindo mosaico. A vida é bela! – é o que você descobre.

Belo também é descobrir que você tem amigos preciosos, que se mostram exatamente quando você mais precisa, que estão ali – ainda que do outro lado da tela – tentando secar suas lágrimas e vibrando de verdadeira alegria quando para você surge um novo sol; amigos que compartilham o mesmo sol, porque amar é regozijar-se com a felicidade do outro como se fosse a sua própria.

Em 2010, mais links se transformaram em abraços e mais uma vez eu comprovei: é tudo igual, se o amor e a amizade são sinceros nas janelas de comentários, nos logs de msn, nas replies e nos RTs do twitter… permanecem exatamente iguais e sinceros quando presenciais.

Que no próximo ano que já me olha de soslaio dali do horizonte, as coisas boas de 2010 se perpetuem; que o recomeço seja constante, não a cada segunda-feira ou a cada dia 1º, mas sempre que seja necessário.

E que você fique de vez na minha vida, se assim for. Eu sou bobona, já gosto de você. Gosto da idéia de você e de mim.

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A gêmea má. Versão sem cortes, sem retoques e sem efeitos sonoros nos palavrões.

É McFlurry, é jornalismo, é mulherzinha, é Bossa Nova, é turma da Mafalda, é vício, é post-it, é estampa de bolinhas, é cinema pós-almoço, é comédia romântica com final feliz… É uma caixinha cheia de coisas às vezes surpreendentes, outras não.

23 verões escaldantes, jornalista, feminista e aquariana.

Pleonasmo.

Muito prazer, Natália!

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Twitter: @_naatis