image Diferenciar o ter ou o ser em cores é usar tintas e desvendar mistérios. Tintas vibrantes que expressam sentimentos ou até mesmo o próprio sentimento versado numa tela colorida… Mas quais são os mistérios das cores? Eu não sei. Eu não entendo de cores, apenas uso o papel em diversas tonalidades, uso lápis em vez de pincel.  Não sei, não entendo de cores, não entendo de letras… Uso apenas rascunhos, invento detalhes, pois as tintas e as letras acabaram de misturar no papel!

Inesperado e o inexato…

Cores?
Eu não entendo de cores,
papel, pincel ou flores.
Telas? Quem são elas?
Eu não entendo nada delas…

Eu não entendo de cores,
nem daquelas pintadas em versos,
sei apenas que são cores ao reverso.

Letras?
Azul, amarelas, violetas…
Borboletas…
Mas borboletas não são cores,
tem cores.
Suas asas brincam entre flores…

O que seria das telas sem as cores?
Ou o que seria da vida sem as cores?
Teriam flores?
Ou seriam apenas cores?

O que são esses retratos naturais
que o céu transborda?
Uma brincadeira de corda?
Borda? Telas?
Aquarelas?
São cores, sabores…

Não entendo de cores,
apenas confundo tintas e pincéis.
Aquarelas e papéis.

Cores? Onde estão elas?
Sépia, verde, vermelho, lilás, amarelas…
Perto? Seria uma cor?
Branco? Seria incolor?

(Suzana Martins – Julho/2010)