Mal contadas
Imagem: deviantart.com

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Ainda não sei, amanhã talvez seja cedo.

Amanhã desdobraremos conversas e trocaremos sorrisos distantes, sorrisos estes que se perderam no meio do caminho. Entraremos num carrossel de sentimentos, lá onde as palavras ficarão presas, surdas e os roucos sons tentarão decifrar as nossas vozes.

Vozes abafadas que ecoam no abismo que nos separa.

No hoje ou no agora não quero as suas falas que nada dizem. Amanhã, talvez! Cedo ou tarde!

Foi esse seu vasto dialeto que construiu lágrimas que adquiriram alguns significados: Palavras escritas num dia de sol e que se perderam na sua filosofia de bolso.

Amanhã, quem sabe, as suas palavras contadas e os versos mal escritos descreverão significados diferentes…

Amanhã talvez, eu ainda não sei.

(Suzana Martins – 17/05/2010)