Rasgos
Rasgou.
Deixou em pedaços.
Exilou todas as palavras.
Partiu.
Não como se faz em despedidas,
mas sim como quem quebra algo
e joga fora
sem qualquer ressentimento.
Recortou todas as letras.
Verso por verso.
Música por música.
Metáfora por metáfora.
Rasgou.
Pedaço por pedaço.
Centímetro por centímetro.
Metades por metades.
Não queimou,
apenas rasgou
e deixou sangrar
sem qualquer rancor.
Rasgou.
Partiu.
Feriu.
Sangrou…
Imagem: weheartit
Suzana Martins 01/2015
Aurea Cristina
é o verbo na carne… redentor…
Bette
Rasgou sangrando todos os pedaços. Muito triste, entretanto, lindíssimo.
beijos
Suzana Martins
saudades dos teus olhos por aqui, doce Aurea!!
Beijos
Suzana Martins
Obrigada Bette!!!!
Rasguei os versos ocultos… rs…
beijos
valquiria cruz
Desde o início eu soube que você ama como eu: avassaladoramente….seu poema me arrepiou, me fez em pedaços, me sublimou….
Suzana Martins
Sim Valquíria, somos parecidas!! rs…
Mas acho que tem que ser assim, não é?! Na intensidade do querer.
Quando há amor não vale metades!!!
Beijos querida!!
Jeanne
ah, que belo, amo poemas intensos e arrebatadores! bjs
Suzana Martins
Beijos doces Jeanne!!!
Fique sempre a vontade Entre Marés!!
pensandoemfamilia
Muito bom, expressão real de um corte avassalador para quem se entrega e não quer mais ou menos.
Suzana Martins
Ahh Norma!!
A entrega precisa ser real e total!!
Beijos!!
Claudiane
Deixar sangrar… Para não reter dentro d’alma nem sentimento de energia impura.
Parabéns pela belíssima composição
Suzana Martins
É Clau, as vezes, deixar sangrar é a melhor maneira de encontrar a “cura”. rs
Beijos flor!!
Nayara Fernandes
“Silencio para beber cada segundo a conta gota. Colho o que me plantam – rego o que de mim nasce (…). partindo-me me deram partida para outras jornadas. Sem sombras nem fantasmas (…).mastigando o vidro da ilusão despedaçada. Entre os cacos o caos de seguir em meio ao campo minado: sem nenhum pecado e milhares de espinhos em mim cravos.
Trechos de “Dose de você”, texto autoral – publicado em meu blogsite- responde um pouco do lirismo de “Rasgos”.
Suzana Martins
Eu sempre fico maravilhada com o teu escrever!!!! 🙂