O grito de uma ave não será capaz
de adivinhar a minha partida
para outros locais…
Nem as suas asas serão capazes
de me acompanhar na imensidão desse céu.

Despeço-me dos campos floridos,
das nuvens brincando de formas e
das horas que instantes não esgotam…
Levanto voo, subo entre céus e nuvens
quebrando o silêncio das tardes ensolaradas.
Abro as minhas asas, e todo o corpo desperta
calando o sufoco de qualquer sentimento.

Silêncio! Nenhuma palavra!
Nem uma palavra…
Os versos ocultam as minhas letras.
O pulsar dentro do silêncio
traz lembranças de antigos voos
sem princípio ou fim…
É o sonho, a brisa, as asas
e talvez um momento.