Fingir é caminhar pelas areias da praia numa noite chuvosa de inverno sentindo a brisa me abraçar entre vendais.

Fingir é chover dentro de si e brincar de tempestades num encontro com uma lua sorridente que se veste de estrelas.

Fingir é sentir a areia misturando-se com as águas da chuva, do mar, deixando que essas lágrimas naturais escorreram-se entre os ventos de uma saudade que imita versos escritos na areia.

Fingir é deixar todos os cheiros, de uma vez só, alimentar alguns versos em noites nostálgicas.

Fingir é mesclar sorrisos e cansaço depois de um dia inteiro de verão e desejar o inverno a ponto de ver a neve caindo pela janela, e em minha derme sentir o arrepio da estação.

Fingir… Sentir… Voar… Imaginar…