Porto Seguro, 05 de março de 2011


Já é quase outono, e o meu corpo começa a sentir as mudanças dessa “quase” estação que se aproxima. Pra mim sempre será outono, mas a proximidade da estação traz em mim sensações inexplicáveis. Até os dias já amanhecem mais frescos, com neblinas pelo aeroporto e em alto mar. O sol chega de mansinho, pedindo licença para iluminar, e assim derrete o orvalho que beija as plantas delicadamente.

Enquanto prefiro os silêncios das letras, lá fora há barulhos carnavalescos que adentram a minha janela cantando que é hora de ir para Caraíva ter silêncios e leituras. A mochila está arrumada e dentro dela levo muito mais de mim em livros, rascunhos e músicas, do que as próprias roupas do dia a dia. Coisa de quem está “fugindo” dessa loucura, dessa multidão barulhenta e quer apenas apreciar tempestades e silêncios que vem de uma pequena vila que ainda não sabe o que é carnaval.

Caraíva é assim, meio eu, meio você, que às vezes quer “gente” e que em sua maioria das vezes quer silêncios. Essa vila que fica dentro da rota festeira, quer apenas o contato com o outono de todos os dias…

E mais uma vez me perdi nas nossas cartas e palavras, porque hoje é dia de escrever Cartas sem selo, e acabei montando palavras por aqui. Mas enfim, convido você para um chá, para algumas palavras e para ler as “cartas que eu não mando” aqui.

Um beijo,

Suzana

P.s.: Há uma carta escrita em outro lugar esperando pela sua leitura. Clique nesse link e nos encontraremos por .