Seis Mãos: unissono dizer
“Na cara,
no rosto
estão as cores francas da verdade:
as palavras que são facas de
pele
que cortam a carne das sinapses.”(Narciso, Adrian)
O ser sentado no banco da lição, a cada sopro do vento escorre de si, traços arquivados com faísca de vida, e a veia das páginas de expressividade plantado na mata absorve conhecimentos milenares. Pinturas coloridas ou em preto e branco refletem o escondido do arteiro, e suas coloridas cores chegam ao pote de ouro pensativo. Mudam as suas rotas, mudam os seus rumos, e a ave avoada renova suas asas dentro de uma tempestade que se forma no vento de tintas apagadas de um oceano que se revolta e conjuga-se em ondas pálidas preciosas. Palavras ditas ofuscam pensamentos soltos e de autoria não assumida. Retorno. Placenta. Líquido perdido. Partir e o parto encomendado e fruto do inusitado, mas o sangue vermelho da véspera e frustração. A intensidade das folhas dos olhos do escrevinhador faz latas de tintas penetrarem insorridentes oceanos adentro resenhar, tal desenhar da falsa valsa que asas dançam no infinito dos sopros de um instrumento de corda – o laço bem apertado. E, novas flores indeléveis despertam podas e recortes dos tecidos finos, à beira do precipício que se grita o interior de seus olhos azuis e ventre vermelho do sangrar retrato por dentro em abundância: Socorro ! É o tom da música muda que canta ao amanhecer dos dias vividos e vindouros; páginas inteiras de versos que ficaram pela metade num vocábulo inteiro. Ele pinta e as páginas em desenho das letras com entregas e de alimento aos degraus do que guarda abertura, e pés inseguros, contidos em lepra fogem da tela em direção aos rochedos da conjugação cura. O escudo na direita e lança na esquerda, só tem duas mãos; preparação ardilosa e imprevisível. A tinta lhe toca e o dizer dos dedos que és, sobrevoa marés altas que trazem de volta a ideia que alimenta ou não; razão e emoção. Sons angelicais perpetuam o momento e a harpa é conduzida por ondas que tocam nos fios da vida e na pele dilacerada, tirando o mesmo som. Vôos em busca da verdadeira canção, com orientação em conchas absorvidas, colhidas na intensificação das renúncias, que proporcionam relacionamentos na perduração.
Canteiro Pessoal, Paulo Diesel e Suzana Martins.
OceanoAzul.Sonhos
Que linda tela de tintas coloridas onde sobressaem pensamentos tingidos de emoção.
Parabéns a todos, magnifico.
OA.S
Du
Já escrevemos a quatro mãos Sussu, mas assim a seis é a primeira vez que leio, gostei!
Tem que ler devagarinho, pra absorver a beleza contida em cada linha.
Parabéns!
Solange
Suzana…
acho linda essa maneira de comunhão… acho lindo o que nasce dos encontros, o que converge por ser de verdade…
um presente no final do sábado…
tudo que vem de você é como brisa fresca…
beijo super carinhoso e parabéns !
Tatiana Kielberman
Uau!!
Intensidade em cada palavra… Três gênios unidos – só poderia dar samba, bossa e MPB – tudo junto, misturado, agora!!
Uma salva de palmas pra vocês que eu adoro!
Beijos!!
dade amorim
Intensidade e espiritualidade nesse texto a seis (seis!!!) mãos. A parceria valeu.
Beijo aos três.
Livinha
Suzana,
Que feliz viagem, essa em misturas de mentes ungirdas, na mesma intensidade com se foi delineando os espaços vistos e sentidos, dando as cores o seus destinos…
Maravilhoso Texto!
Bjs
Livinha
Sil Villas-Boas
Lindo texto para ser lido antes de dormir. E assim a mente repousa e viaja tranqüila nas palavras este post.
Bjusss em vocês.
Canteiro Pessoal
Suzana, Su, são barreiras que se desfazem, tudo contextualizado na abertura da parceira, escutar em detalhes as partes e por passos direcionados em somas, a multiplicação perpassa no superabundante.
Abraços
Priscila Cáliga
Carina B.
Palavras cortam e costuram, na mesma medida.
Um beijo!
A.S.
Adorei este excelente texto! Uma prosa poética de alta qualidade!
As minhas felicitações!!!
Abraço
AL
Cris de Souza
isso é o que eu chamo de o grande encontro…
beijo, moça bonita!
(agradeço sua presença sempre generosa)
Jorge Pimenta
ora aí está o verdadeiro consílio: seis mãos. por momentos sabes o que me recordaram vocês? o cadáver esquisito, técnica de composição surrealista em que um artista dava sequência ao trabalho do outro sem o conhecer previamente. não sei qual a metodologia de criação utilizada, mas o conjunto ficou brilhante. já conheço bem o teu trabalho e o da priscila (o do paulo, confesso que não), razão para que não fique surpreendido.
beijos e abraços!
*** Cris ***
Que viagem profunda esse texto… Vocês três, heim!!
Bjs!
Suzana Martins
A seis mãos dividimos sentimentos e descrevemos sensações em letras de papel. Colorimos o tempo e (re)criamos vontades e anseios. No horizonte ficou gravado a letra e a vontade de verser proseando sentimentalidades…
Obrigada queridos!! Obrigada pelo carinho, sem vocês não valeria a pena continuar a blogar.
E um carinho especial para o Paulo e a Priscila!!!!
Beeijos no coração de todos…
P.s.: Du, podemos voltar a escrever a quatro mãos???? rs… Sauudades!!^^
Menina no Sotão
Quando se misturam sentimentos numa só escrita, a palavra flui feito ondas de encontro a praia, mas o difícil compreender no final é o horizonte que cada um observava. Eu ainda estou aqui tentando decifrar a onde que chega, arrebenta e vai embora na mesma toada… Fico imaginando qual foi o ritmo da onde de cada um. rs
bacio e linda semana pra você
paulo
Nossas palavras se misturaram e nossos pensamentos se alinharam. Parceiras assim engrandecem meus dizeres e a repetição se faz necessário.
Beijo, Su
Fernand's
lindo casamento.
bjsmeus, su.
Suzana Martins
Fez-se a parceria e todas as mãos nas palavras de cada um. Fez-se os versos, nos comentários que todos desenham por aqui, pois cada verbo é exposto na alma e no sorriso de quem recebe.
Obrigada aos parceiros de palavras e por todos os versos escritos aqui!!!
Beijos no coração de todos!!!
Clara
Muito bonito de se ver esse trio de escritores!
Uma obra em celebração aos encantos da vida…
Beijos! Parabéns!