O que seria das madrugadas sem as músicas que trocamos entre gargalhadas, lágrimas, amores… (?) Seriam todas inócuas, inodoras. Seria apenas um eco no silêncio…

Ah… A música! Acordes que abraçam a alma e dançam entre sorrisos e sonhos. Canções que brincam de saudade, de amores perfeitos e imperfeitos… Ainda arrisco dizer que a música é um sentimento que interpreta o silêncio…

Não importa se eu estou em lá menor ou em sol maior. O que eu sei, é que a música sempre esteve presente em mim. Digo mais, sou música! Acordes que fazem manhãs de sol, e vozes que cantam com a chuva.

Cada pontinho da natureza está entoando sons diferentes que combinam entre si, ou na maioria das vezes nem são tons combinados. Alguns são completamente disformes, mas que parecem únicos e inteiramente ligados entre si!

Não sei se saberei explicar a dimensão de cada acorde, mas o que posso silenciar é que eles vêm até mim como uma brisa suave e preenche todos os espaços vazios… Doces palavras que tocam em afinados violões independente das horas e dos tons. É simplesmente música!

Momentos que se alternam nas teclas de um piano, no dedilhar do violão, em delicados violinos e em tantos outros instrumentos que me faz levitar e viajar por todos os lugares possíveis.

Tudo isso é um mistério musical enquadrado na pauta ou pentagrama. Escrevemos notas, cantamos e ouvimos as mesmas canções todos os dias, no entanto, elas só chegam até nós no momento certo…

Como agora que eu queria escrever certos vícios que combina com a canção que insiste em tocar no player… Melôs tão manjadas num karaokê que canto repetidamente.

As palavras, elas se perdem, se desprendem junto com o vento e marcam a pele e os lábios com canções que traduzem sentimentalidades… Sinto apenas as vozes que cantam comigo em forma de silêncio. É um pouco da saudade que está à procura da sua voz… À sua procura…

“Depois do silêncio, aquilo que mais aproximadamente exprime o inexprimível é a música.”

(Aldous Huxley)

*Postagem Original aqui