Beda – doses de delírio
A tarde reinventa nuances e cores abstratas a rasgar o horizonte, e enquanto isso, ouço refrões repetidos do Belchior. Queria perder-me nas letras das canções, mas os ponteiros apressados amontoam as horas sem pedir licença.
Busco refúgio no livro de poesias esquecido na estante. Leio um verso, mas a realidade insiste em chamar-me para finalizar projetos inacabados do ontem.
Abro o software de edição. Crio algumas formas. Pinto a tela. Invento uma imagem ou outra. Revejo tipografias e a vida segue no automático das coisas concretas. O que salva são as canções que tocam repetidas vezes.
Doses de intervalo entre o ponteiro apressado e os delírios que tocam em meus ouvidos.
Olho pela janela e contemplo o céu azul de agosto a desenhar detalhes de outono. Até o inverno tem sido diferente nesses tempos estranhos que se prologam por aqui.
O amargo tempo se propaga e insisto em letras confusas de ardente existir.
Expulso minha mente para longe e eu quero estar em qualquer lugar diferente deste teto. Imagino um céu de formas antigas e novas a se confundirem no infinito dos olhos meus…
Adeus dia!
A noite já reza seu canto-chão…
Suzana Martins
Agosto é um mês insonso e estou aprendendo a iluminá-lo com o Beda.
Participam junto comigo: Lunna Guedes – Mariana Gouveia – Obdulio Nunes Ortega – Roseli Pedroso – Darlene Regina
Mariana Gouveia
E que lindas cores tu nos traz nesse agosto1
Lunna Guedes
Eu juro que me perdi completamente num céu de tardes antigas, fui parar em 1922, acho que vou passar algumas horinhas na companhia do seu Mário. Ah, vou…rs
Suzana Martins
Ah menina Mariana!!! <3
Suzana Martins
Preciso trazer letras de Mário até você!! <3