As notas da pausa
Eu costumava tocar violão no final da tarde ou, até mesmo, na metade do dia. Independente da chuva caindo no telhado ou do sol despedindo-se no horizonte, eu sempre estava ali, sentada na calçada, dedilhando notas que escorriam entre as cordas de nylon daquele instrumento. Cada som que ecoava sustentava uma sequência cadenciada de melodias que existiam apenas naquele momento.
Eu era tantas notas e ao mesmo tempo o arrepio de uma única pausa. Não que houvesse intenções por trás da canção, ou expectativas de uma pauta ou pentagrama, mas o fato é que as notas tocadas ali choravam ou sorriam sentimentos que eram gritados apenas no sussurrar das cordas.
Não havia talento sobrecarregando aplausos, a música tocada ali saía sem pedir reconhecimento, era apenas um caminho vicioso de melodias que nada tinham de inócuas…
À medida que o tempo ia passando o violão calava as canções que eram tocadas na calçada. Nenhum som dedilhado interpreta mais os momentos que docemente eram sentidos. Hoje o silêncio das cordas empoeiradas revela a nota na pausa, o instrumento encontra-se num canto qualquer sem ecoar mistérios do sentir… Os dedos daquele tempo não conseguem mais reproduzir sons, apenas a intensidade de uma distância que se revela em outras letras.
A música tocada vem de outros fones…
Eu sinto saudades do violão e da calçada. Sinto saudades até daquele pôr-do-sol que escorria entre os ventos ao entardecer… Sinto saudade da música misteriosamente reconhecida ali. Hoje, os dedos temem a corda de nylon, mas nunca esquecerá as notas do primeiro amor vivido com a intensidade do dedilhar em pausas…
… talvez um dia, acumulado de saudades, o violão volte a cantar…
Liberdade.
Boa noite!
ah querida,saudade é fruto do que
já existiu.
que seus dedos possa sentira emoção dos fios de nylon e fazer a canção de sua vida.
um abração!
Lu Cavichioli
Oi menina, como vai?
Texto nostálgico que desce um tanto choroso, mas que revela catarses. Tuas catarses!
Grande beijo da amiga
Lu Cavichioli
OceanoAzul.Sonhos
Que lindo tempo nostalgico nos descreves Suzana. Violão, final de tarde, sentir, todos em perfeita comunhão, bonito demais…
beijos amiga
oa.s
Menina no Sotão
Aconteceu uma melancolia aqui na pele e na alma agora. Nossa.
Enfim, hoje estou movida a sons urbanos. A paisagem esbranquiçada acordou comigo assim como a pressa dos ponteiros. Sou toda ponteiros hoje, mas é por causa dos prazos que estão chegando ao fim. A Editora me pediu para entregar a novela pronta até sexta, então você pode imaginar a correria que está aqui. Só tenho 8 capítulos prontos até agora. Mais 7 para serem editados e o total soma 50. (pode rir) eu deixo…
Quero uma cabeça nova.
bacio
Jorge Pimenta
metade de nós é nostalgia, a outra metade saudade. afinal, há tanto de nós que não aprendeu a morrer…
beijos, amiga!
Tatiana Kielberman
Minha querida Su…
Pude sentir aqui, de longe, as notas e acordes do seu violão! Pude sentir as pausas também, afinal, tudo na vida precisa de pequenas paradas…
Ontem mesmo eu falava disso!
E, quando retornamos, tudo se torna mais forte e palpável… tudo!
Que você possa guardar as lembranças das notas no coração, pois isso é que dará movimento a ele, até que surjam novas melodias…
Enquanto isso, apelamos para o fone!
Beijos e parabéns, lindo demais!
Marília
Su, querida…
Quando em pausa o tempo se faz amigo e conselheiro… quando retoma o ritmo, se faz o atropelo…
Que a música que vem de outros fones ajude você a sonhar cada vez mais alto… que essa melodia ache o ritmo lindo das batidas do seu coração….
Beijos e mais beijos
Marília
Su, querida…
Quando em pausa o tempo se faz amigo e conselheiro… quando retoma o ritmo, se faz o atropelo…
Que a música que vem de outros fones ajude você a sonhar cada vez mais alto… que essa melodia ache o ritmo lindo das batidas do seu coração….
Beijos e mais beijos
Luma Rosa
Eu aqui lendo seu texto com o som de uma guitarra ao fundo. Pensei que se essa guitarra se calar, serão duas saudades sentidas! Saudade é falta do que ficou gravado na alma! A música que tocava ainda ecoa dentro de você. Por que o medo?
Boa semana! Beijus,
Weslley M. Almeida
Que coisas bela, moça…!
Arranho uma viola; aí fui me sentindo no enlace real/metafórico de tua escrita.
Lembrei dos silêncios que já me arrrepiaram (na música e na vida)
Parabéns!
Abraços!
paulo
Notas musicais se transformam em versos que ecoam e os sons se igualam. O dedilhar direcionado as interioridades tuas nos deixam extasiados e parece que sentimos a mesa nostalgia que sentes.
Toque, cante outra vez…
Abraço, Su
Long Haired Lady
eu nao apoveitei minhas aulas de violao…
Lis
Seu texto me levou a uma passado bonito , ao som de serenatas na janela.Cidade do interior, rapaziada ao violão cantando nas janelas das namoradas.
Saudades do tempo bom.
Lindo Suzana
obrigada por compartilhar suas saudades.
estou chegando com atraso às postagens.
espero que ainda consiga ler e receber meu carinho.
abraços
Suzana Martins
Liberdade…
Ah querida, a saudade é esse instrumento de corda que toca dentro de nós a cada despertar do sol e segue até que ele esconda…
Beijos querida!!
Suzana Martins
Lu minha querida está tudo bem sim linda! E com vc??
A nostalgia é essa lágrima do sentir que habita em nós…
Beijos linda
Suzana Martins
OA.S.
Que os violões possam ser dedilhados com o vento de nossas saudades…
beijos linda
Suzana Martins
Lu, minha doce menina no sótão vamos nos perder na melodia de suas histórias me faz viajar em sonhos e nostalgias…
beijos e beijos Lu
Suzana Martins
É Jorge, você tem toda razão. Somos metades que se igualam nas sentimentalidades do nosso existir…
Carregamos em nós a nostalgia de tempos mágicos e a saudade de sentimentos que se acumulam ao longo dos dias.
Beijos e muitos beijos querido
Suzana Martins
Tati, sinto-me honrada em saber que as minhas palavras chegam até você como canções de um violão nostálgico.
É maravilhoso poder tocar com vc…
beijos, minha linda
Suzana Martins
Querida Marília, o que tem me feito feliz são as doces lembranças do violão tocadas em fones de ouvido…
beijos linda
Suzana Martins
Ain Luma, tenho medo da música não ecoar dentro dos sentimentos. Tenho medo de esvaziar as notas, ou talvez, o medo seja de me envolver com elas…
Beijos linda
Suzana Martins
Querido Weslley, tenho certeza que o seu 'arranhar' ultrapassa qualquer nota. Sempre quem fala isso, domina com perfeição as cordas de um violão.
Beijo querido
Suzana Martins
FIco feliz Paulo, é bom saber que algumas letras tocam o teu sentir… rs…
E que a música cante entre todas essas sentimentalidades…
beijos querido
Suzana Martins
Long Haired Lady
se arrepende de não ter aproveitado as suas aulas de violão?
beijos
Suzana Martins
Eita Lis, lembro das madrugadas e da serenetas que fazíamos para os pais, os casais… rs… Eu era pequena, mas saía com a mamãe e alguns amigos dela para essas serenatas. Coisa mais gostosa que era, rs….
nostalgia total agora, rs
e viva as nossas recordações musicais.
beijos