Beda – ainda escorre agosto pelos dedos

A cidade pulsa a ausência
que deixei naquela esquina,
Saudade urbana
a vasculhar histórias
que ouvi pela metade
no ponto de ônibus
e na parada do uber.

O calendário ainda
anuncia que é agosto
o ponteiro apressa o passo
a hora atrasa o mês,
os segundos paralisam
e o tempo confunde as estações.

A extremidade antecede
os pés apressados
e o relógio parado na avenida.
Perco-me nas figuras urbanas
direcionadas a mim.
As mãos nuas
observa detalhes e
escreve pela metade,
o roteiro apagado
da construção parada no tempo.

Suzana Martins – divagações urbanas

Agosto é um devaneio sem fim e no mês do Beda.
Estão comigo: Lunna GuedesMariana Gouveia – Roseli Pedroso
Obdulio Nunes Ortega – Darlene Regina