“Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir

(…)

Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar”

(Filipe Catto)

 O meu corpo, que ainda sangra, mergulha nesses meus olhos banhados em água e as minhas letras se perdem nas entrelinhas de todas as palavras sem qualquer interrogação…

Eu que um dia acreditei no amor, hoje sigo rompendo com toda a existência sentimentaloide que aprendi a apreciar. Deixo de lado as vírgulas que falam de amor, e esqueço as juras escritas num caderno de sonhos…

Em meu peito, a alma rasgada em versos íntimos, secretam a finura do sentimento que despede-se de mim. Eu, vou seguindo outros caminhos e não sei se volto, vou atrás dos versos que deixei cair e caminharei para longe que temo ser sempre perto…

Vou e talvez, na linha tênue, eu caminhe sem medo; e, quem sabe, eu redescubra a razão do sentir.

 

P.s.: Descobri essa canção em meio a correria do dia. Ouvir essa música foi uma pausa da nota que aconteceu dentro de mim. Filipe Catto poesia lírica dentro dessa gruta musical que tem estourado dentro do país. Ainda há esperança musical, e ele, é a prova disso. Vale a pena ouvir…