Ecos… Distância!
“Vou com a roupa do corpo mesmo sem ter pra onde ir…”
(Filipe Catto)
Despertei. Havia ecos por todos os lados. Restava apenas o perfume vazio da flor que deixastes em cima da mesa. Um fio do teu perfume ainda morava em nossa cama, e a tua ausência estava presente em minhas lágrimas que embalava na escuridão do meu sentir. Tentei escutar teus passos que lentamente caminhavam pela chuva, mas não consegui alcançar a tua corrida. Na tentativa de decifrar o silêncio ensurdecedor que por aqui deixastes, de repente, conseguir ouvir a explosão das lágrimas que escorriam dos meus olhos. Chorei. Lamentei. Procurei a tua presença por todos os lados, e deparei-me com uma ausência sangrenta a qual escureceu um coração que pulsava a leveza de um sentimento entregue a ti. A tua ausência grita no silêncio de mim… Acendo as luzes na esperança de te encontrar, mas o teu lugar ao meu lado está vazio. Então, desisto dos passos e caminho em mim. Agora, o lugar que tu ocupavas reproduz o eco da tua canção cheia de lágrimas. O que pulsa dentro de mim não te pertence mais… Enfim, acordei do vazio que deixastes em mim.
“Eu não olho pra trás, não, não me arrependo
Vou com a roupa do corpo,
não sei bem pra onde mas não paro não”
(Filipe Catto)
Edu Lazaro
A cada passo uma distância, e a bagagem pesa. Abraços!!
Zélia Guardiano
Lindo, lindo, minha querida Suzana!
Escrito com a alma, vê-se.
Você tece, com palavras, uma ausência concreta: dá até para tocar com as mãos…
Beijos, amiga!
Rafael Castellar das Neves
Doído, hein? Muito bom!!
[]s
Tatiana Kielberman
Às vezes, a gente acha que deixou partir, mas na verdade o amor ainda está lá, vivo, fazendo-nos lembrar que, de alguma maneira, vale a pena!
Amei o post-desabafo-lamúria!! Mas é quase segunda-feira, dia de novo astral e grandes alegrias!!!!
A música é show também…
Beijo, querida!
Canteiro Pessoal
Su, ler-te hoje foi injeção de inspiração. Encontrava-me seca, e desgostosa face a face as letras. Sinto-me na fase das curvas sinuosas – perigosas, que traz na mala dores.
Abraços, Pri!
Jorge Pimenta
"Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"
in "cântico negro", de josé régio
beijinho, amiga!
Suzana Martins
Meus queridos amigos e leitores, muito obrigada pelas palavras compartilhadas aqui. Cada verso, cada acorde, cada novo abraço é como um bálsamo em minhas tão frágeis letras. Convivo com cada carinho aqui e é isso que tem me feito sorrir….
E quanto a você Pri, sinto-me honrada diante de tal elogio. Pois são as suas palavras me renovam e me inspiram… Ler-te é acariciar a alma com palavras que se transformam dentro dos meus distantes ecos. Obrigada pelas suas letras…
Obrigada a todos…
beijos na alma
OceanoAzul.Sonhos
O vazio invade os corações e a memória vive em nós. Lindo texto querida.
Um grande abraço
oa.s
Marília
Por isso é que eu falo que cada vez que arrumamos a mala para uma nova partida percebemos que ela está mais leve…. deixamos pedaços de nós pelos caminhos que percorremos e pelos corações que tocamos… e em nós, dentro de nós e não na nossa bagagem, levamos quem nos é querido…
Lindo post, Linda Suzana!!!