Rascunhos
O céu e suas incontáveis nuvens brincam de dias e noites… As nunvens, aos poucos seguem imitando gotas de chuvas, ou pequenos raios de sol. O lápis, em seu grafite, a partir dai rabisca os sonhos de quem vive observando esses pequenos detalhes.
Pontas que pintam formas, sem formas. Rascunhos dos dias outonais onde os ventos dançam com as nuvens de algodão e criam desenhos na imensidão do azul…
Anoitece, e de dentro para fora, as estrelas brincam de sol bailando ao lado de nuvens coloridas, todas elas pintadas pelas luzes da cidade… Há momentos em que essas noites são apenas rabiscos chuvosos, noites que ainda nem saíram do papel.
É a mistura das palavras que caminham soltas pelos pensamentos, observando detalhes que, aos poucos, vão se formando e buscando diálogos com personagens perpendiculares a cada estação.
São os rabiscos concretos que se tornam abstratos ao olhar os detalhes de cada momento. Parado naquela estação, os sonhos ganham asas e se formam em liberdade de versos.
A beleza que os olhos fotografam fica armazenada no imaginário de quem desenha palavras, rabisca poesias e observa pequenos detalhes.
As palavras se perdem, os pontos se encontram e as reticências questionam ou finalizam momentos. Há sempre um lápis, uma história ou algo para escrever, rascunhar e cantarolar…
Um rascunho, as vezes, se perde ou se encontra no caderno de alguém misturando sentimentos e palavras soltas…
Enfim, as palavras são temperamentais, e algumas, completamente sentimentais a ponto de explodir verbos defectivos…
Zélia Guardiano
Maravilha, Suzana!
Identifiquei-me absolutamente com seu lindo texto.
Vontade de assinar embaixo…
Beijos, querida!
OceanoAzul.Sonhos
Suzana, que lindo seu texto, tanta beleza que você transmite em suas palavras e consegue que chegue a nós, com a tranquilidade precisa de um poema que escreve sensações.
Um grande beijinho
oa.s
Jorge Pimenta
querida amiga,
este teu texto empurra-me para as cataratas do não dizer que vêm redesenhando cada dedo da minha mão. a imagem da explosão da linguagem em verbo defectivo é de uma riqueza exploratória incrível. afinal, os poetas não existem para dizer o dizível, mas o indizível (que, ironicamente, passa a ser dizível, uma vez por eles escrito, assim empurrando a poesia para o território do impossível).
beijinho!
Eraldo Paulino
A suavidade do texto esconde, ou talvez maqueie a carga pesada que há nele, acho.
Mas é um peso de sensibilidade, de subjetividade.
Bjs!
Tatiana Kielberman
Su, querida…
Se isso é um rascunho ou um rabisco, não sei que nome terei de atribuir aos seus reais textos! rsrs…
Larga disso, vai! Essas linhas são, sim, uma tremenda de uma obra expressa em "sentimentalidades" mil… que eu adoro!
Pode haver confusão e, como diz o Eraldo, um certo peso… Mas é sempre preparo para a liberdade!
Beijos, com carinho!
Menina no Sotão
Bateu uma saudade dos dias de edição de diário a quatro mãos e dois teclados. Lembranças antigas e recentes. rs
bacio