Queria ver se chegava por extenso, ao contrário

 Caríssima mia,

Amanheceu outono do lado de cá do oceano. A estação rasgou a primavera dos tópicos e as pétalas foram espalhadas pelo vento a comemorar a beleza do dia de hoje. Queria escrever-te por extenso ou na composição rítmica da música que embala os oceanos. Mas escrevo-te nas letras desenhadas com aroma de cappuccino, na vírgula perfumada do sentir e na imensidão que o teu abraço proporciona.

Ah… como bom morar em teu abraço…

E assim deixo a palavra fluir para chegar aí com grandes pitadas de afeto. A tua amizade é um presente para as minhas letras. Teu olhar é alimento para o verbo que nasce na ponta da página. As tuas falas vivas reverberam no pronome oblíquo do meu poema indecente. É tão bom saber da tua presença e dos teus desafios que chegam feito vendaval de verão.

Tu és a estação preferida dos meus poemas e das palavras extensas…

Cara mia, as folhas que chegam aqui de mãos dadas com o vento, tem o toque sublime do teu olhar. Grazie por ser o outono das minhas frases cheias de maresia. Que esta missiva abrace o teu sentir, assim como a tua existência alegra os meus dias. Io te voglio bene, Lu!

Te espero para o próximo café!

Auguri!

Bacio, Lu!

Suzana Martins

Projeto Blogvember – Scenarium Livros Artesanais
Subtítulo do post: Flávia Côrtes, As Estações
Participam juntos comigo: Lunna GuedesObdúlio Nunes OrtegaRoseli Pedroso e Mariana Gouveia