“Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.”

Clarice Lispector

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No compasso dos ponteiros a espera se encerra em pouco tempo, mas seria indócil falar em tempo quando o tempo passa lentamente sem se preocupar com quem espera por ele. A espera leva o tempo necessário de algumas lágrimas, outras expectativa, milhares de sorrisos e tantas contagens de dias e noites que só o tempo é capaz de produzir; tudo isso até chegar ao encontro.

O tempo promove encontros inexplicáveis, apenas perceptíveis…

Ah incansável tempo que me persegue: essa de querer entender o tempo! Mas faz tempo que deixei pra lá essa história de tentar desvendar ponteiros de relógio e contagens de horas e histórias; no entanto, ele, sempre sorrateiro, me intriga com os seus ponteiros. Desisti do tempo, mas não esqueço a espera quando ela é eminente.

Coisas do tempo que se faz presente em somas e contagens sobrecarregadas de mistérios…

Girei os ponteiros do meu relógio tentando acelerá-los um pouco mais, porém tive que conter com a lentidão de todos eles… Mas, o tempo passa, mesmo que a passos lentos, ele passa e chega no momento exato do encontro perfeito!

E agora é tempo de encontros, passeios, abraços e sorrisos; é tempo de viver cada segundo, sem pressa. Por favor, Sr. Tempo, controle os seus ponteiros com exata lentidão, porque agora eu não preciso de pressa!


Contando o tempo para que, o amanhã e os quatro dias que se aproximam, caminhe na lentidão dos passos desapressados…