Esqueça o chá, sirva-me um café. Um café bem forte e quente… mas, por favor, eu quero um café amargo. Quero sentir o sabor real do café que mesmo amargo sabe ser doce. Hoje quero um café, um Starbucks Coffee, um Capuccino com conhaque, ou apenas um café expresso com seus sabores gelados.

Expresso. Sentimentos. Amargo. Doce. Delicado. Leve. Sabores…

Pego minha caneta bic, coloco meus óculos quadrados, ligo o rádio e sigo escrevendo devaneios confusos durante reuniões chatas e sem sentido…

Benditos fones de ouvido!

Mudo o sabor, mudo a estação e quero apenas um café, um café amargo com gosto de café. Mudo a melodia, mas continuo escutando uma das músicas mais lindas que já ouvi. A poesia está na letra, no café, na palavra desordenada que escorre dos meus dedos e na vontade de sair dançando dizendo que te amo…

Dia pesado, sorrisos leves, sabores delicados… Saudades. Vontades. Cafés e chocolates.

A tarde segue por aqui e eu dispenso o chá, quero apenas o café, o café amargo. Desprendo-me dessas reuniões e fico a imaginar lugares e suas saudades. Coisa da nostalgia, do café, da saudade e de uma alma leve que implora presenças…

Esqueça o chá. Sente-se aqui ao meu lado, beba um café apreciando os versos da canção e suas diferentes melodias…

(Suzana Martins – setembro/2010)