BEDA – a rasgar saudades no peito

entre uma vírgula e outra,
um verso e uma letra,
o céu e a nuvem,
a lua e a estrela
o coração a rasgar
nostalgias invisíveis.

Dia e noite,
naquela esquina,
nasce um poema
sem rima,
que recita
todas as minhas saudades.

Meu tórax
vazio,
oco,
jogado no chão
a rasgar o músculo
melancólico
que pulsa fora de mim.

Suzana Martins
agosto/2018


Agosto é o mês do B.e.d.a e, desafiando a lógica do mês, eu embarquei nesta aventura.
Estão comigo Lunna Guedes Mariana GouveiaRoseli PedrosoObdúlio Nuñes Ortega