BEDA – alguns fragmentos que deixei além de mim

Deixo aqui apenas uns poucos fragmentos escritos na tarde de outono em que eu me vi nua diante de todas as palavras.

Vou embora carregando na mala a saudade dos acentos e das letras que ficaram perdidas na corda de um violão. Levo nos olhos as lágrimas de anos inteiros escrevendo palavras fragmentadas em mim. A despedida dói, mas se faz necessária em certos momentos…

Deixo apenas um álbum cheio de polaroide e algumas folhas secas dentro dele. Essas folhas imitam fotografias das letras de inverno, ali há lembranças de tempo e espaço percorrido. O meu trem está chegando, dos meus olhos escorrem cachoeiras, é o fim dos pequenos fragmentos e das letras que despedem de mim.

Findo qualquer arrepio de versos nas reticências do sem fim…

Suzana Martins
maio de 2011


Agosto é o mês do B.e.d.a e, desafiando a lógica do mês, eu embarquei nesta aventura.
Estão comigo Lunna GuedesMariana Gouveia – Roseli Pedroso – Obdúlio Nuñes Ortega