BEDA – aprendendo a…gosto

Agosto sempre foi um mês inerte em minhas estações. Nunca esperei por ele ou pelas nuances desenhadas naquela folha do calendário.

Em minhas anotações, agosto sempre foi um mês apagado. As páginas e os dias ganhavam movimento apenas no aniversário do meu irmão e no dia dos pais – as duas datas importantes e festivas do mês. E assim, os outros dias passavam sem qualquer cor ou simplesmente seguiam carregando ausências.

Não há um marco ou lembranças daquelas que a memória futura registra em saudades.

Na infância: agosto era só mais um mês no calendário. Na adolescência: 31 dias intermináveis. Não havia eventos ou qualquer detalhe a enfeitar a página-diário.

E, depois de tanto tempo, agosto ainda segue sem grandes expectativas ou esperas. Sigo apenas no deleite de observar os passos e as cores que a paisagem me entrega. Os registros no diário de agosto passado mostram alguns versos, outros poemas pela metade e notas de rodapé.

Há um acumulado de intervalos em minhas notas de agosto. Reticências incompletas de mim.

A página virou. Talvez agora eu termine aquelas poesias inacabadas que deixei acumular em tantos agostos esquecidos.

Suzana Martins

Agosto é um mês insosso e estou tentando iluminá-lo com o Beda.
Terei a companhia incrível de: Lunna GuedesMariana GouveiaObdúlio Nunes OrtegaRoseli Pedroso Darlene Regina