Beda – conotações nostálgicas

As velhas imagens daquela antiga rua desenham labirintos nostálgicos minha mente…

Enquanto caminho pelas minhas memórias procuro, dentro do presente, pretéritos que ainda arrepiam a derme e lembranças perfumadas. É como sentir os meus pés flutuar pelos trilhos daquela velha estrada de ferro, onde brincávamos nas tardes de outono.

As vielas ainda parecem intactas.

O tempo nunca fora capaz de apagar as cores que enfeitam os casebres daquele vilarejo. Os aromas parecem ser os mesmos. Aquele cheirinho de manga rosa ainda persiste entre os arbustos do campo e as crianças correm felizes de um lado para o outro com a inocência dos seus sonhos sem medo do amanhã.

Sem qualquer esperança de encontros, viajo naquela memória fotográfica e no registro antigo daquele retrato guardado no livro da estante.

Outra foto, outra lembrança…

Olhar fotografias antigas provoca noatalgias sem fim.

Escorre uma lágrima agridoce e levito em meio as recordações fotogradas. Saíamos da agitação da cidade e refugiávamos numa vila esquecida no mapa.

Pode ser saudade tocando aqui dentro, ou qualquer outra sentimentalidade que eu não saiba explicar… Mas até lembranças ocultas e os aromas infantis definem as conotações nostálgicas que pulsam por aqui.

Cada estrela era contada no céu. Os passos corriam por aquelas paisagens sem contar o tempo… Memórias a acumular saudades. Pequenas lembranças duram mais que fotografias guardadas em álbuns esquecidos na estante ou em baús.

Suzana Martins

Agosto é um mês insonso e estou aprendendo a iluminá-lo com o Beda.

Participam junto comigo: Lunna GuedesMariana GouveiaObdúlio Nunes OrtegaRoseli Pedroso Darlene Regina