BEDA – devaneio de asas… (sobre)voos

Não sabia se tinha asas. Tinha vontade de voo. Carregava na alma desejos de nuvens.

O voar era algo tão extraordiário que até o corpo, mesmo desconhecendo a textura da estratosfera, sorria e sobrevivia entre camadas e camadas de vento. Era uma contradição de tantos versos, palavras, asas… Nem pensava em verbos ou preposições, se é que pensava em algo quando as letras voavam. apenas sonhava…

Tinha dentro de si apenas vontades acumuladas e uma liberdade natural que era conhecida por todas as brisas e tempestades. O voar era um devaneio livre que se estendia além do ser…

Perambular pela imensidão azul era um devaneio, um poema incompleto… um sorriso doce de asas.

Suzana Martins


Agosto é o mês do B.e.d.a e, desafiando a lógica do mês, eu embarquei nesta aventura.
Estão comigo Lunna GuedesMariana Gouveia Roseli Pedroso Obdúlio Nuñes Ortega