BEDA – perdeu-se na entrelinha da palavra

Perdeu-se nas entrelinhas do poema.
Perdeu-se no tom suave
daquela melodia que
cantarolava saudade.
Perdeu-se entre ondas
na metade do oceano.
Perdida, afundou
entre suor e sal.

Perdeu-se no meio do caminho,
no avançar dos passos
entre as pedras de Drummond.
Perdeu-se na madrugada
no entardecer das letras.
Perdida, acordou
em meio as solombras de Cecília.

Perdeu-se em letras
encontrou missivas.
Perdeu-se no conjugar do verbo
nos rastros de saudade
em palavras apagadas.
e nas entrelinhas do poema
fez morada segura.

Perdida, encontrou poesia
sussurrou o verso
no arrepio da palavra.
Perdeu-se nas entrelinhas
e fez morada no caminho
imaginário de suas fábulas.

Suzana Martins


Abril é o mês do BEDA, e eu terei a companhia nessa aventura diária:
Lunna Guedes – Mariana Gouveia – Roseli Pedroso – Obdúlio Nuñes Ortega