Beda | Septum: diário das 4 estações
“Saí como cheguei: com as mãos vazias e a alma em suspenso. Eu sabia que não seria diferente, mas precisava enfrentar esse meu pretérito imperfeito!…”
Perdi o fôlego quando comecei a ler Septum – diário das 4 estações. Fiquei a suspirar pelos cantos enquanto lia cada página do diário de Lunna Guedes. As suas caminhadas por São Paulo, a descoberta de outros mundos e as suas doces entrelinhas a perambular pelo ontem e pelas incertezas do amanhã.
Fiquei dias com esse livro. Levei-o para todos os lugares. Prolonguei a leitura para que ela não acabasse. Não queria que as páginas chegassem ao fim… Queria morar naquelas palavras.
A escrita da Lunna Guedes é algo incrível. Ela consegue te envolver de uma maneira única e perspicaz. É um diálogo entre autora e leitor. Você fica a suspirar pelos cantos. Impossível, enquanto lê, não ter insights ou fazer anotações no canto da página. Há sempre uma ideia, uma frase, um diálogo que surge enquanto você descobre Septum.
“A manhã é coisa da infância… um punhado de lembranças sempre frescas, como ervas em maço, que macero entre as mãos para um chá que degusto a cada página que avanço.”
Fiquei ali, sem ar. Olhando para a xícara vazia de chá. Sussurrei algumas palavras, anotei outras e pensei: “o que é isso, Lunna?”
Esse livro é um deleite. Frases que te impactam. Abraçam e te deixa completamente sem ar. É para ler como quem degusta o verbo e a delicadeza do sentir. É só você abrir as páginas e deixar que as entrelinhas pulsem além da folha escrita.
Quero deixar bem claro:
- Não sou suspeita (mesmo a autora dizendo que sim)
- os meus post-its laranja acabaram de tanto que marquei e destaquei esse livro.
Deixo aqui alguns quotes desse livro maravilhoso:
“Eu precisava moldar meu próprio mapa, dar caminho aos pés. Saber chegar e sair… voltar e partir… segui em frente – rua da Consolação – e me deparei com um templo antigo, com paredes envelhecidas, descuidadas. Não tenho fé que me valha, mas tenho paixão por esses lugares onde certas ilusões se erguem e são como pedras, e são como verdades e mentiras…”
“Há pesoas que não nos querem saber…
Querem apenas que a gente se deite no molde que trazem. E se não o fazemos, esperam pela mudança que devemos prover em proveito de tal abençoada amizade-amor, ou seja lá qual nome dão a isso. Por isso, desde sempre, é que eu prefiro os livros e suas histórias com começo-meio-e ponto final. Você pode ralhar com o personagen, mas não pode mudá-lo… E precisa aceitá-lo como é.”
Antes que me esqueça!
Sexta-feira (18) estarei com a Lunna Guedes, no Instagram da Scenarium para comentar-falar-suspirar-enlouquecer com Septum: diário das 4 estações. Clica aqui e já ativa o lembrete!
Agosto é o mês do B.e.d.a e, desafiando a lógica do mês, eu embarquei nesta aventura.
Estão comigo Lunna Guedes – Mariana Gouveia – Roseli Pedroso – Obdúlio Nuñes Ortega
Lunna
Eu nao sei o que dizer, sei lá… o não-dizer é também dizer-se? Pelo amor… como faz?
Ah, isso não se faz! kkkkkkkkkkkkkkkk
Que delícia cara mia, estar em tuas mãos e olhos, estar com você, dentro da distância que a reallidade impõe e que a gente finge que é logo ali. grata mil vezes
Mariana Gouveia
Vim aqui dizer que a conversa foi deliciosamente deliciosa!